GP da Rússia: muita estratégia, azar de Vettel e a vitória para Hamilton

Campeão do mundo reforça liderança do Mundial de F1
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Lewis Hamilton (Lusa)
Lewis Hamilton (Lusa)

O GP da Rússia de Fórmula 1 marcou o regresso de Lewis Hamilton às vitórias no Mundial e o reforço por parte do piloto inglês da Mercedes do primeiro lugar do campeonato.

 

Hamilton obteve a nona vitória da época e regressou aos triunfos travando uma série de três vitórias da Ferrari obtidas nas três corridas realizadas após a paragem do verão.

 

E desde que há GP da Rússia, a partir de 2014, só a Mercedes venceu em Sochi, com Hamilton a tornar-se recordista absoluto (isolando-se em relação a Michael Schumacher) no número de corridas em que esteve na liderança: 143.

 

Os factos com que terminou a 16.ª prova da temporada são estes, mas tiveram muito que se lhe diga até ficarem consumados. Muita estratégia passando pelo azar determinante de Sebastian Vettel proporcionaram o desfecho que o campeão do mundo soube colher.

 

Com a Ferrari a mostrar ter o carro reconhecidamente mais rápido, a Mercedes optou desde logo por tentar dar a volta ao favoritismo adversário na partida.

 

O Ferrari de Charles Leclerc partia com pneus macios; ao seu lado, Hamilton sairia do segundo lugar da grelha com médios. Atrás deles Vettel e Valtteri Bottas replicavam o quadro na íntegra na segunda linha.

 

A partida começou a baralhar um pouco, mais do que as contas, as estratégias – pelo menos para quem estava a ver... Vettel saiu disparado no arranque para assumir a liderança passando Hamilton e Leclerc.

 

O que, pelas comunicações rádio, se foi percebendo, é que a estratégia da Ferrari (para responder à explícita aposta da Mercedes em conseguir ganhar algo nas posteriores trocas de pneus) foi a de colocar os dois carros na frente. E consegui-o.

 

Pelas comunicações ficou a saber-se que esta estratégia teria o seu epílogo com o retomar por Leclerc do primeiro lugar quando os dois carros tivessem feito a troca para os médios. Com maior ou menor atraso em relação ao previsto.

 

Feitas as respetivas trocas pelos dois Ferrari, Leclerc ficou na frente de Vettel. Ambos seguiam, então, atrás dos dois Mercedes e, quando os Flecha de Prata fossem trocar os seus médios pelos macios, os carros vermelhos esperariam voltar ‘normalmente’ aos dois primeiros lugares.

 

O que ninguém esperava era que, quando já se rodava na segunda metade da Corrida, o carro de Vettel cedesse e obrigasse ao Virtual Safety Car. Sendo desta ou de outra forma, esta era, sim, a oportunidade que a Mercedes aguardava para poder ambicionar aos lugares mais altos do pódio para alem de uma presença no último.

 

Ambos os carros fizeram a troca dos médios para os macios dentro do período de VSC e Hamilton regressou da box no primeiro e escudado por Bottas no segundo. Com esta reviravolta nas estratégias, a Ferrari só conseguiu ter como reação mandar repor os macios no carro de Leclerc (no período de Safety Car, que complementou o de VSC pelo despiste, entretanto, de George Russell).

 

O único «cavallino rampante» que ficou em pista no Autódromo de Sochi via-se agora no terceiro lugar, atrás de Bottas e do líder Hamilton e com única vantagem as duas voltas a menos que tinha nos pneus macios com que todos iriam, a partir daí, candidatar-se aos três lugares do pódio.

 

Mas, mais, a Ferrari não conseguiu. A Mercedes tinha mais vantagens: tinha Hamilton – sem erros, como é seu hábito – a liderar a Corrida sem ar ‘sujo’ de qualquer carro à sua frente e, logo atrás do inglês, Bottas a escudar o campeão do mundo. Leclerc seguia colado ao finlandês, mas também mais não conseguiu do que uns ‘ameaços’ de ultrapassagem.

 

O Ferrari nunca conseguiu sair de trás do Mercedes de Bottas e o desgaste de correr atrás começaram a ter os seus custos. Hamilton começou a ganhar distância e a ’fugir’ para o triunfo, no final, tranquilo. Bottas ganhava também à sua frente ar ‘limpo’ numa posição vantajosa em relação a Leclerc.

 

Com o Ferrari a ‘ceder’ às evidências pelo desgaste dos pneus com o esforço de Leclerc quando estava perto dos adversários, os dois Mercedes foram-se distanciando para carimbarem a oitava dobradinha da temporada, sendo a sexta de Hamilton à frente de Bottas, e a inicialmente favorita Ferrari a ficar com o último lugar do pódio como prémio de consolação.

O Filme da Corrida.

Classificação do GP da Rússia:

 

 

 

Com estes resultados, Lewis Hamilton reforçou a liderança do campeonato ficando agora com 73 pontos de vantagem sobre Valtteri Bottas.

 

Classificação do Mundial de Pilotos:

1. Lewis Hamilton (Mercedes), 322 pontos

2. Valtteri Bottas (Mercedes), 249 pontos

3. Charles Leclerc (Ferrari), 215

4. Max Verstappen (Red Bull), 212

5. Sebastian Vettel (Ferrari). 194

6. Pierre Gasly (Toro Rosso), 69

7. Carlos Sainz Jr. (McLaren), 66

8. Alexander Albon (Red Bull), 52

9. Lando Norris (McLaren), 35

10. Daniel Ricciardo (Renault), 34

11. Nico Hulkenberg (Renault), 34

(...)

 

Classificação do Mundial de Construtores:

1. Mercedes, 571 pontos

2. Ferrari, 409

3. Red Bull, 311

4. McLaren, 101

5. Renault, 68

(...)

 

O Mundial de F1 prossegue com o GP do Japão, 17.ª prova da temporada, no fim de semana de 13 de outubro.

 

 

 

 

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