O Audi RS Q e-tron com que a fabricante alemã vai competir no próximo Rali Dakar já iniciou a fase de testes começando a galgar o pó – como pode ver na galeria de imagens – e preparando-se para escrever mais um capítulo da historia da marca de Ingolstadt.
Com o RS Q e-tron, a Audi quer competir com os carros com motores térmicos convencionais utilizando um veículo com uma motorização elétrica. Mas a especificidade tecnológica deste modelo levou a Audi a incluir ainda no e-tron para o Dakar um motor de combustão para gerar a energia do grupo propulsor.
A ideia tem cerca de um ano e, partindo de “uma folha de papel em branco” como refere o diretor da Audi Sport GmbH, Julius Seebach, já começou a sua concretização.
“O quattro foi uma revolução no Mundial de Ralis. A Audi foi a primeira marca a vencer as 24 Horas de Le Mans com uma cadeia cinemática elétrica. Agora, queremos entrar numa nova era no Rali Dakar testando e desenvolvendo a nossa tecnologia e-tron sob condições extremas.”
Esta cadeia cinemática do RS Q e-tron inclui dois motores elétricos – um por eixo – vindos do Audi e-tron FE07 da Fórmula E tendo cada uma destas Unidades Motor-Gerador (MGU) sofrido apenas “pequenas modificações” para adaptação ao Dakar.
Um terceiro MGU de desenho idêntico é utilizado no conversor de energia para recarregar a bateria de 50 kWh em andamento – que também recupera energia com a travagem regenerativa. E é neste processo de carregamento que entra o motor a combustão.
O conversor de energia inclui o bloco TFSI que a Audi utiliza no DTM e é o motor a combustão que carrega a bateria – com um consumo estimado pela marca inferior a 200 g por kWh – e que permitirá a um veículo de competição com propulsão elétrica fazer as duras etapas do Dakar que às vezes chegam aos 800 quilómetros de distância.