O planeta Terra passou pelo janeiro mais quente desde que há registo e este aumento nas temperaturas é impulsionado pelas alterações climáticas.
De acordo com dados divulgados pelo Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S), da União Europeia, e citados pela Reuters, as temperaturas do mês passado ultrapassaram as do primeiro mês de 2020, anterior mais alto, sendo assim o janeiro mais quente desde 1950, ano em que se começou a fazer o registo.
Este recorde de temperaturas em janeiro não é caso isolado. 2023 foi apontado como o ano mais quente desde 1850, ano em que foi feito o primeiro registo, e desde junho do ano passado que mensalmente bate-se recordes de temperatura para o mês.
Citada pela Reuters, a vice-diretora do C3S, Samantha Burgess, salienta que além disso, passámos por um período de 12 meses em que se registou uma subida nas temperaturas de 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais.
Ainda assim, o Acordo de Paris, que prevê que se tente limitar a subida de temperaturas a 1,5 ºC, ainda não foi quebrado. Para tal, será necessário que a subida se verifique por várias décadas.
2024 poderá não ser melhor. Cientistas americanos já afirmaram que a probabilidade de este ano ser mais quente que 2023 é de um em três e que é quase certo que fará parte da lista dos cinco anos mais quentes.
O alerta dado pela C3S é que a única forma de controlar o aquecimento global é reduzir rapidamente as emissões de gases com efeito de estufa. Ainda assim, alguns cientistas acreditam que o Acordo de Paris já não poderá ser cumprido.