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Planeamento ativo de cidades contribui para população mais saudável

A pandemia de Covid-19 despertou a necessidade de trabalhar melhor algumas áreas para melhorar a qualidade de vida das pessoas

Na sequência de uma mesa-redonda virtual com alguns dos líderes do governo norte-americano, foi acordado que as cidades deverão ter um papel mais importante e ativo nos cuidados com os seus habitantes e com a sua qualidade de vida.

A longo prazo, a ideia principal é criar as bases para diversos programas, por entre desafios tão complicados que vão desde os que estão relacionados com a solidão ou o vício em drogas, por exemplo, até aos que são provocados por eventos climáticos extremos e que acabam por incidir na saúde de tanta gente. A pandemia por que ainda estamos a passar evidenciou grandes desigualdades sociais e sanitárias, com lacunas que têm de ser estudadas e colmatadas.

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Na América do Norte, ainda existem cidades onde não existe um programa de saúde adequado. No entanto, há diversas ideias integradas num plano urbanístico mais ponderado que podem melhorar consideravelmente o bem-estar de todos, como por exemplo melhorar os apoios para pessoas em luto ou com problemas relacionados com saúde mental ou até promover um estilo de vida mais saudável e ativo.

Cidades resilientes são o futuro

A Sharecare é uma empresa digital na área da saúde baseada em Atlanta, Geórgia, que tem a missão de juntar comunidades com os dirigentes das mais variadas cidades ou organizações de saúde pública, para que todos trabalhem juntos para o mesmo objetivo.

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Através de milhões de inquéritos e outras bases de informação, a investigação da Sharecare já conseguiu identificar diversas áreas do planeta em que as pessoas têm uma expetativa de vida excecionalmente longa e que vivem felizes. Depois disto, é necessário estabelecer um plano e começar a implementar pequenas mudanças na sociedade que podem melhorar a saúde da grande maioria das pessoas.

Cidades devem ser desenhadas a pensar nas pessoas

Entre as mais variadas ideias está a aposta em escolhas mais saudáveis, acessíveis e atrativas em zonas próximas das habitações ou mesmo em escolas, restaurantes, supermercados e locais de trabalho. Estão previstas medidas como a criação de infraestruturas que levem a um estilo de vida mais saudável, ao mesmo tempo que se desencoraja a utilização de fast-food e de tabaco, por exemplo, mas se dá mais enfase às ligações entre toda a comunidade.

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Dando ainda mais força a todas estas ideias, há já números que comprovam o sucesso de algumas destas medidas. Nas escolas primárias de Redondo Beach, na Califórnia, por exemplo, a adição de fruta e vegetais nos almoços, as aulas de nutrição e as sessões de exercício físico, fizeram com que, entre 2007 e 2019, a obesidade infantil tivesse sido reduzida em 68%.

A Sharecare já está a trabalhar em mais de 60 comunidades e este ano adicionam mais cinco no Norte da Califórnia.

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