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Drones já combatem incêndios em Portugal

Um drone com mangueira ligada a um autotanque já realizou testes na Lousã

À medida que os dias vão ficando mais quentes, a época crítica de incêndios aproxima-se e o combate torna-se necessário. Em breve esse combate tem mais um aliado: um drone.

Apresentado no dia 24 de maio na Lousã o projeto SAP (sistema de agulheta portante) consiste num drone de combate a incêndios com uma mangueira de um autotanque acoplada.

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O projeto arrancou em 2019, com financiamento europeu, e junta num consórcio três empresas e a Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da Universidade de Coimbra.

Teste realizado na Lousã (foto: Paulo Novais/Lusa)

Ao longo de quatro anos, o consórcio, liderado pela Jacinto, empresa de Esmoriz dedicada à produção de veículos de combate a incêndios, procurou desenvolver um drone que fosse capaz de atuar de forma eficaz em contexto de combate a incêndios florestais.

Até agora o foco destas aeronaves não tripuladas tem sido a prevenção e deteção de fogos, aclarou o coordenador, Jacinto Oliveira, em declarações à Lusa. Mas as Forças Armadas já anunciaram a utilização de um drone no combate aos fogos a partir de junho,

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Drone de combate a incêndios (foto: Paulo Novais/Lusa)
Como funciona o drone de combate a incêndios

O drone carrega uma mangueira ligada a um autotanque, com o próprio jato de água a contribuir para a aeronave manter-se no ar, e permite realizar o combate às chamas “à distância”, através de comando de um operador, ou até assegurar o rescaldo numa área predefinida.

Nesta altura o drone é capaz de atuar de “forma autónoma”, de forma a poupar os bombeiros, que, nessa fase, “estão mais cansados”, explicou o sócio-gerente da Jacinto, durante a apresentação do SAP, que decorreu nas instalações da ADAI.

Vê também: Superdrones completamente autónomos poderão ser realidade em breve

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Os responsáveis da empresa reconhecem que ainda existem algumas limitações do drone, em especial em contexto rural e que para poder ser utilizado em combate urbano terão de ser realizadas adaptações na agulheta, nomeadamente desenvolver uma agulheta horizontal.

Segundo o responsável, o sistema poderá ser vendido, quando validado, por 25 a 30 mil euros, podendo baixar significativamente quando tiver em produção em massa.

No final da apresentação do projeto, o drone foi testado num ambiente controlado no Aeródromo Municipal da Lousã e apagou um pequeno incêndio.

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