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Ciberataque a fornecedores obriga Toyota a fechar 14 fábricas em 24 horas

Possível envolvimento da Rússia em ciberataque, após apoio japonês à Ucrânia, vai ser investigado de imediato pelo governo de Tóquio

A Toyota foi obrigada a suspender a produção em 14 fábricas, durante 24 horas, retomando já amanhã quarta-feira dia 02 de março, depois de um conjunto de fornecedores das suas fábricas terem sido alvo de um ataque informático.

Para além das unidades Toyota, foram afetadas unidades da Hino Motors e Daihatsu, afiliadas do construtor japonês. No total o Grupo Toyota referiu em comunicado que foi afetada a produção de 13 mil veículos.

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O ataque afetou essencialmente produtores de plásticos e elementos eletrónicos, entre eles, de acordo com a Reuters, a Kojima Industries, que publicamente informou que encontrou um vírus nos seus servidores juntamente com uma mensagem ameaçadora escrita em inglês (mas não revelada até ao momento).

O ciberataque ocorreu horas depois do Japão ter afirmado o seu compromisso com os países ocidentais condenando a invasão da Ucrânia por parte da Rússia. No entanto, de acordo com a Reuters, não é claro que exista qualquer tipo de ligação.

Em alguns sites de cibersegurança, já hoje de manhã, era possível associar o poderoso software malicioso, denominado de Emotet (com origem no grupo hacker Mealybug), a este ataque, mas as autoridades locais nada confirmam. A Kaspersky, especialista em proteção anti-virus refere que o Emotet foi desenvolvido como “cavalo de tróia” para aceder a dados bancários e agora em várias das suas derivações é utilizado por vários hackers na tentativa de sabotar sistemas.

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Ontem, dia 28 de fevereiro, o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida afirmou à imprensa local que o governo iria investigar este incidente, acrescentando: “verificaremos se a Rússia está envolvida”. O Japão juntou-se ao grupo de países que suspendeu o acesso aos pagamentos por transferência SWIFT aos bancos russos e já deu um apoio de cerca de 90 milhões de euros em apoio médico humanitário à Ucrânia.

Esta não é a primeira vez que problemas na cadeia de distribuição afetam a produção na Toyota pois é sabido que o maior construtor mundial utiliza uma técnica de abastecimento de componentes “on-demand” e não pratica stocks. No passado mês de fevereiro a Toyota já enfrentou paragens no Canadá devido à greve dos camionistas em protesto contra as restrições impostas pelo COVID-19.

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