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Elétricos fazem crescer fabricantes de robôs para indústria automóvel

Encomendas de maquinaria para a produção automóvel não param de crescer. E, segundo responsáveis do setor, ainda não se atingiu o pico

A crescente procura por veículos elétricos e híbridos, que tem marcado o setor automóvel nos tempos mais recentes, está a conduzir à alavancagem de toda a indústria. O crescimento verifica-se não apenas nos fabricantes de veículos, mas em toda a cadeia de abastecimento, como é o caso das empresas produtoras de maquinaria para as fábricas automóveis.

Com o investimento a crescer, quer por parte das marcas de automóveis tradicionais, que se voltam agora para a eletrificação da sua gama, quer por parte dos novos fabricantes 100% elétricos, as empresas de produção de robôs e outro tipo de máquinas para fábricas de automóveis vivem tempos felizes.

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Sistema de produção Kuka (foto: divulgação)

Nos Estados Unidos, onde tem havido um crescimento acentuado na procura por modelos elétricos, assim como tem acontecido na Europa, as encomendas de maquinaria aumentaram em mais de 100 milhões de euros em pouco mais de um ano, passando de 313 milhões de euros em abril de 2020 para 437 milhões de euros em junho deste ano.

Conhece a nova tendencia de fábricas de automóveis

Segundo os fabricantes de equipamento, o volume de encomendas só tem tendência para aumentar, muito por força do surgimento de novos fabricantes totalmente dedicados à produção de veículos elétricos.

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Andrew Lloyd, responsável de operações do segmento de mobilidade elétrica da Comau, empresa do universo Stellantis dedicada à automação industrial, acredita que a indústria ainda vai crescer:

Não tenho a certeza que se tenha atingido o pico. Ainda há mais a percorrer. […] Nos próximos 18 a 24 meses vamos enfrentar uma procura significativa.

Ainda assim, o aumento significativo das encomendas por parte dos construtores automóveis não provocará um efeito de euforia junto dos fabricantes de equipamento industrial. “Haverá um ponto em que teremos de dizer 'não' a novos negócios”, confessou Andrew Lloyd, revelando uma atitude prudente comum a todo o setor, cuja história recente foi marcada por momentos de crise, que obrigaram a fazer cortes e reestruturações.

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