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Poluição do ar na Avenida da Liberdade esteve acima do limite legal em 2022

Zero alerta que valores mínimos da qualidade do ar não foram cumpridos em várias regiões do país e não apenas em Lisboa

A poluição atmosférica em Lisboa continua a ser um problema, sendo que, em 2022, na Avenida da Liberdade foram registados níveis de concentração de dióxido de azoto cerca de 12,5% superiores aos do limite legal. O alerta é deixado pela associação ambiental Zero que salienta que há incumprimento dos valores mínimos da qualidade do ar em várias regiões do país.

De acordo com a Zero, os valores ainda provisórios de dióxido de azoto na Avenida da Liberdade tiveram uma média anual de 45 µg/m3 (micrograma por metro cúbico), sendo que a legislação nacional e a Diretiva Europeia da Qualidade do Ar preveem um valor máximo de 40 µg/m3.

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Houve dois dias de 2022 em que a concentração média chegou aos 200 µg/m3.

Estes dados foram recolhidos nas estações de monitorização da qualidade do ar gerido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Avenida da Liberdade, em Lisboa (foto: Jaimie Wilson/Flickr)

Os valores recolhidos vão ser agora validades para serem comunicados à Comissão Europeia.

Zona de Emissões Reduzidas de Lisboa está completamente ultrapassada

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Ao longo dos últimos anos, têm sido identificados vários incumprimentos dos valores mínimos para a qualidade do ar em Portugal, situação que já resultou numa queixa contra o país no Tribunal Europeu de Justiça.

Poluição atmosférica é responsável por milhares de mortes prematuras (foto: foto: Ivan Bogdanov/Unsplash)

Apesar de ter sido aprovado e publicado em Diário da República, em 2019, o Plano de Melhoria da Qualidade do Ar da Região de Lisboa e Vale do Tejo, ainda não foi adotado nenhum plano de execução, refere a Zero que salienta também que Lisboa é a única capital do sul da Europa sem um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável.

A poluição atmosférica é responsável por milhares de mortes prematuras no mundo e só em Portugal morrem 6 mil pessoas todos os anos devido à baixa qualidade do ar. Doenças como acidentes vasculares cerebrais, problemas de coração, cancro do pulmão e doenças respiratórias também estão associadas à poluição do ar.

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