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Nível do mar pode subir 27 centímetros devido ao degelo na Gronelândia

Equipa de cientistas chega a número que é mais do dobro das previsões anteriormente efetuadas

O nível global do mar deverá vir a aumentar pelo menos 27 centímetros e a culpa é do chamado gelo morto da Gronelândia. A conclusão é de um estudo publicado na passada semana na revista Nature Climate Change, que alerta para a inevitabilidade e a irreversibilidade do processo de degelo naquela zona do globo.

O gelo está a derreter de forma acelerada na Gronelândia, motivado pelas alterações climáticas e a consequente subida das temperaturas médias. Parte desse gelo, apurou a investigação, irá diluir-se no mar e aumentar o seu nível, independente de qualquer ação de combate às emissões que ainda possa ser tomada.

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O processo irreversível é causado pela falta de neve. O gelo condenado a desaparecer está ainda preso a áreas mais espessas de gelo, mas o facto dos “glaciares pais” (por receberem menos neve) já não estarem a reabastecê-lo, torna inevitável o seu fim.

Enormes icebergs flutuam junto à costa da Gronelândia (Foto: Felipe Dana/ AP)

A expressão gelo morto é de William Colgan, glaciologista do Geological Survey da Dinamarca e da Gronelândia (GEUS, na sigla original) e co-autor do estudo que, citado pela Bloomberg, confirma que é inevitável que aquele derreta e se funda no oceano.

Os 27 centímetros de subida do nível do mar são mais do dobro das previsões anteriores efetuadas pelo mesmo grupo de cientistas, ainda que estes admitam que esse número possa subir para uns ainda mais impressionantes 78 centímetros. As conclusões foram obtidas depois da observação dos processos de degelo e formação de novo gelo na Gronelândia, através da qual se constatou que nas últimas décadas há menos reabastecimento e mais derretimento.

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Os investigadores calculam que 3,3% do volume total de gelo da Gronelândia irá derreter, independentemente dos níveis de poluição que se irão verificar no futuro. Qualquer coisa como 110 triliões de toneladas métricas, preveem.

Sobre o prazo para que tal se verifique, William Colgan afirmou que a sua equipa não sabe quanto tempo levará para que todo o gelo condenado derreta, mas fazendo um palpite, seria provavelmente até ao final deste século, ou pelo menos até 2150.

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