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COP27: empresas do setor alimentar querem pôr fim à desflorestação até 2025

Grandes organizações do ramo agroalimentar traçaram um plano para acabar com a desflorestação. Organizações ambientalistas dizem que é tarde

Pôr fim à desflorestação provocada pelas suas cadeias de abastecimento de soja, carne de bovino e óleo de palma até 2025. É este o plano estabelecido na Cimeira do Clima COP27 por algumas das maiores empresas do setor alimentar a nível mundial, como forma de travar as alterações climáticas.

As americanas Cargill, Bunge e Archer Daniels Midland, assim como a neerlandesa Louis Dreyfus Company, a brasileira JBS e a chinesa COFCO International, estão entre as 14 empresas que estabeleceram o fim da desflorestação para obtenção de matérias-primas no espaço de três anos.

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Frutos a partir dos quais se faz óleo de palma (foto: Eva Blue/ Unsplash)

Com o plano que traçaram, este conjunto de empresas pretende, assim, inverter o trajeto destrutivo que tem levado ao surgimento de fenómenos climáticos devastadores com maior frequência, já que a destruição das florestas é também uma das causas.

A desflorestação da floresta tropical amazónica, para dar lugar a campos agrícolas, e da selva indonésia, para a produção de óleo de palma, são dois exemplosde realidades causadoras de enormes quantidades de gases com efeito de estufa, os quais provocam o aquecimento global.

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Para as empresas envolvidas, o plano para travar a desflorestação contribui para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, meta definida no Acordo de Paris.

A organização defensora do ambiente Mighty Earth, contudo, considera que 2025 é demasiado tarde, pelo que apela ao fim imediato de toda a desflorestação. O seu presidente executivo Glenn Hurowitz, citado pela agência Reuters, sublinha que até lá “os bulldozers continuarão a funcionar e a destruição continuará”.

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