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Recorde de investimento em energia verde ainda aquém do necessário

Alerta refere que é essencial quadruplicar investimento em energias renováveis para limitar subida das temperaturas

As energias renováveis têm um papel importante na redução de emissões de gases com efeito estufa. Mas para realmente haver impacto e conseguir travar-se o aquecimento global, é essencial quadruplicar o investimento anual em energias limpas, como a solar e a eólica, alerta a Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA, na sigla original).

Em 2022, investiu-se 1,2 biliões de euros em energias renováveis, um valor recorde, mas que ainda fica aquém do necessário. De acordo com a IRENA, para se conseguir cumprir o acordo de Paris e limitar o aumento das temperaturas a 1,5 ºC, o investimento anual vai ter de atingir cerca de 4,6 biliões de euros.

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Projetos de energias renováveis têm crescido (foto: Thomas Reaubourg/Unsplash)

Neste momento, as energias renováveis estão a crescer cerca de 3 mil gigawatts (GW) por ano, mas terá de atingir os 10 mil GW anuais em 2030.

Até 2030, tem de se gastar um total de 32 biliões de euros na transição energética, como em tecnologia para a eletrificação e na expansão da rede.

A IRENA identifica ainda um outro problema que diz ser essencial mitigar. O investimento nas energias renováveis tem vindo a crescer, sim, mas maioritariamente em países desenvolvidos. Os países em desenvolvimento estão a ficar para trás na transição.

Projeto de energia solar em Marrocos (foto: Abdeljalil Bounhar/AP)

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Em 2022, dois terços da capacidade instalada foi na China, na União Europeia e nos Estados Unidos. Apenas 1% dos projetos de energia verde foram desenvolvidos no continente africano.

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Para garantir que o mundo consegue travar o aumento das temperaturas, a IRENA salienta é importante redirecionar o investimento que se faz nas energias fósseis – cerca de 925 mil milhões de euros por ano –, passando a usá-lo em infraestruturas e tecnologias relacionadas com as energias renováveis.

É também essencial apoiar países em desenvolvimento, focando no acesso à energia e na adaptação climática.

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