A escassez na produção e fornecimento de microchips está a colocar entraves significativos aos fabricantes de automóveis, com alguns deles a serem obrigados a reduzir a produção, como é o caso do norte-americano General Motors ou do europeu Volkswagen.
A elevada procura por este tipo de componentes, tanto para a indústria automóvel como para muitas outras indústrias, em especial junto de fabricantes chineses, tem originado nestes alguns comportamentos que levantam suspeitas junto das autoridades.
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Não é por isso de estranhar que a Administração Estatal de Supervisão do Mercado (AESM), a entidade chinesa responsável pela regulamentação e fiscalização do mercado, esteja a investigar possíveis atos ilegais como fixação de preços, acumulação de stocks e conluio entre várias empresas e indústrias.
"Em resposta a problemas como a especulação e os preços elevados no mercado de chips para a indústria automóvel, a Administração Estatal de Supervisão do Mercado iniciou recentemente uma investigação aos distribuidores de chips de automóveis", informou a AESM em comunicado.
A escassez de microchips verifica-se já desde dezembro último e tem vindo a ter reflexos concretos na diminuição das vendas de automóveis. Na China, deu-se uma quebra de 12,6% no mês de junho, em comparação com o mês anterior, avança a agência de notícias Reuters. Para os fabricantes a atual situação é preocupante.
A General Motors, por exemplo, viu-se obrigada a reduzir a produção em inúmeras das suas fábricas instaladas nos Estados Unidos e no México. O fabricante americano está a retirar algumas das funcionalidades dos seus modelos que estão dependentes de microchips, ou, em alternativa, produz os automóveis para depois os armazenar, enquanto aguarda o fornecimento daqueles componentes eletrónicos. Quando estes são entregues completa a produção e procede então ao envio para os concessionários.
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