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Indústria automóvel deverá investir €440 mil milhões em elétricos e baterias

Investimento para os próximos 10 anos servirá para redução de custos de produção, evolução de gamas e melhoria do desempenho de baterias

São cerca de 440 mil milhões de euros o valor total que a indústria automóvel a nível global planeia investir em veículos elétricos e baterias nos próximos cinco a 10 anos. A análise foi feita pela agência Reuters, a mesma que há menos de três anos havia indicado que os construtores de automóveis planeavam investir 260 mil milhões de euros nas mesmas áreas.

O aumento da pressão política e regulatória sobre os fabricantes automóveis de todo o mundo para eliminarem gradualmente a produção de veículos movidos a combustíveis fósseis, incluindo os híbridos, ao longo dos próximos 10 a 15 anos, está a impeli-los para apostarem cada vez mais na produção de veículos elétricos. São disso exemplo países como Singapura e Suécia que já vieram dizer que irão proibir a venda de veículos novos com motores de combustão a partir de 2030.

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Nova Iorque

Até mesmo os Estados Unidos, pela voz do seu presidente Joseph Biden, fizeram saber que pretendem que 40 a 50 por cento dos seus veículos vendidos até 2030 sejam elétricos.

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Na Europa, o volume de investimento em automóveis elétricos e respetivas baterias é liderado pela Volkswagen. Só o grupo alemão sediado em Wolfsburg planeia investir 97 mil milhões de euros até 2030, o que representa mais de 20% do total da indústria. Até à mesma data, os americanos da GM e da Ford deverão realizar investimentos num valor agregado de 53 mil milhões de euros até 2025.

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Elétrico da marca chinesa Aiways

No continente asiático, os fabricantes chineses anunciaram mais de 88 mil milhões de euros em investimentos na área dos elétricos durante a próxima década, o que os posiciona bem à frente dos japoneses. Toyota, Nissan e Honda, comprometerem-se publicamente, para já, com investimentos inferiores a 35 mil milhões de euros (valor agregado).

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O capital a investir pelos diversos construtores de automóveis visa, essencialmente, a evolução das gamas e a redução dos custos de produção (o que também influencia o valor final para o consumidor), ao mesmo tempo que servirá para melhorar o desempenho das baterias. Aumentar a capacidade de produção, quer de veículos quer de baterias, é também um dos objetivos.

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Modelos elétricos da BMW e Mini Cooper

O otimismo dos fabricantes é, no entanto, contrastante com a apreciação de alguns analistas do setor automóvel, os quais têm vindo a reforçar a sua preocupação com o facto de se estar a investir numa categoria de veículos cuja aceitação por parte dos consumidores ainda é incerta e daí poder resultar um lucro mínimo ou mesmo inexistente.

(Fotos: Volkswagen, BMW, Aiways e T. Shyshkina/Unsplash)

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