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Adeus avião, olá comboio. França acaba com voos domésticos de curta duração

Medida prevê eliminação de rotas aéreas domésticas que possam ser substituídas por viagens de comboio com menos de 2h30

O número de voos domésticos de curta duração em França está prestes a diminuir. A Comissão Europeia aprovou uma medida do governo francês que irá acabar com voos internos que possam ser substituídos por viagens de comboio com duração inferior a 2h30.

Numa fase inicial, o novo plano do governo, que irá ajudar a reduzir as emissões de gases poluentes, irá impactar três rotas, as que ligam o aeroporto Paris Orly a Nantes, Lyon e Bordéus, já que estas viagens podem ser feitas facilmente de comboio.

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Os voos de ligação serão também afetados pela medida.

Voos domésticos são substituídos por viagens de comboio (Foto: Vincent Genevay/Unsplash)

De acordo com a Euronews, caso se expanda o transporte ferroviária, rotas entre Paris Charles de Gaulle e Lyon e Rennes, assim como entre Lyon e Marselha, poderão deixar de ser feitas por via aérea.

Charles de Gaulle, em Paris, é um dos aeroportos mais poluentes da Europa

Ainda não se sabe a data certa em que a eliminação das ligações aéreas abrangidas será feita. A media terá agora que ir a consulta pública e terá de ser revista pelo Conselho de Estado.

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Três rotas aéreas vão ser eliminadas (Foto: Michel Spingler/AP)

A proibição de voos domésticos de curta duração em França será válida por três anos, tendo de ser reavaliada pela Comissão Europeia passado esse período.

Medida está planeada desde 2021

A medida para eliminar voos domésticos de curta duração já tinha sido aprovada por legisladores franceses em 2021.

Apoia-se num artigo do Regulamento de Serviços Aéreos Europeus que refere que quando há um problema ambiental série, é possível limitar ou recusar o exercício de tráfico, em particular quando há uma alternativa satisfatória, que neste caso é o transporte ferroviário.

Aeroporto Paris Orly será o afetado inicialmente (Foto: O. A. Snyder/Unsplash)

Desde essa altura que o plano tem estado em stand-by por ter sido contestada pela União dos Aeroportos Franceses (UAF) e pelo ramo europeu do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI).

A Comissão Europeia foi chamada a intervir, tendo feito uma investigação para perceber se o projeto poderia avançar. A aprovação chegou agora, no início de dezembro de 2022.

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