A crise de fornecimento de energia que se vive um pouco por todo o mundo está a empurrar o consumo de carvão usado na produção de energia elétrica para os níveis recorde registados em 2013, provocando também um aumento do custo da matéria-prima.
Embora esta seja uma realidade que certamente agrada aos investidores em reservas de carvão, são más notícias para o ambiente no que concerne ao cumprimento das metas de redução de emissões de carbono.
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Face aos constrangimentos no fornecimento de energia causados pela guerra na Ucrânia, alguns países preparam-se para armazenar carvão, o que não é acompanhado do lado da cadeia de abastecimento.
O mercado começa, assim, a sofrer um estrangulamento que faz disparar os preços desta matéria-prima. Analistas de mercado preveem que esta tendência deverá manter-se até 2023.
Segundo a CNBC, o preço do carvão mineral utilizado para a produção de energia elétrica aumentou cerca de 170% desde o final de 2021, tendo subido acentuadamente após o início da guerra na Ucrânia.
Quanto aos dados de consumo, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE) deverá aumentar 0,7% em 2022 a nível global, sendo que no próximo ano é de prever um novo máximo histórico.
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O aumento do consumo de carvão é particularmente acentuado na União Europeia, tendo em conta a escassez de gás provocada pelo bloqueio à Rússia. Segundo a AIE, depois de em 2021 já ter havido um aumento de 14% no consumo, este ano a tendência de subida irá manter-se, com um incremento de 7%.
Num relatório recentemente divulgado, a AIE adverte que a atual corrida ao carvão “contribuiu significativamente para o maior aumento anual de sempre das emissões globais de CO2 relacionadas com a produção de energia, colocando-as no nível mais elevado da história”.
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