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Fomos andar na Carris Metropolitana e ouvir as críticas dos passageiros

Falta de informação e confusão são as afirmações mais ouvidas entre os passageiros que foram abordados pela AWAY

Desde o dia 1 de janeiro de 2023 que a margem norte da Área Metropolitana de Lisboa tem uma nova operadora de transporte coletivo de passageiros, a Carris Metropolitana.

Ao terceiro dia de funcionamento, a AWAY decidiu apanhar um autocarro e ir às paragens centrais de Lisboa ouvir a opinião dos passageiros.

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Terminal Rodoviário do Campo Grande (foto: Direitos Reservados/AWAY)

Apanhamos o 1733, autocarro que inicia o percurso em São Marcos, no concelho de Sintra, e passa por várias paragens no concelho de Oeiras, onde entramos. Seguimos viagem até Lisboa em hora de ponta. Neste autocarro, estava Sofia Almeida que seguia para o trabalho aborrecida com o novo serviço de transportes, criticando fortemente estes primeiros dias.

“Há condições para as coisas funcionarem, mas para já está tudo como antigamente” afirma referindo-se ao incumprimento de horários. Considera que a renumeração das carreiras veio “baralhar os mais idosos”.

Na viagem foi possível ouvir comentários de passageiros descontentes que comentavam entre si os atrasos constantes dos autocarros. Chegámos à última paragem, no Marquês de Pombal, zona com diversas paragens com destino a Oeiras, Sintra e Amadora.

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Viagem para o Marquês de Pombal (foto: Direitos Reservados/AWAY)

À espera do autocarro há 30 minutos, com destino a Carnaxide, estavam Thiago Marques e Filipa Costa. Para ambos esta mudança “não trouxe nada de positivo até agora”, opiniões repetidas por outros utentes na mesma posição.

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Um grupo de universitários andava perdido e confuso com os horários, e pedia ajuda, visto que nem através do site da Carris Metropolitana conseguia esclarecer as dúvidas, pois estava em baixo, algo que tem ocorrido com frequência nestes dias.

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Marquês de Pombal (foto: Direitos Reservados/AWAY)

No terminal de autocarros do Campo Grande, a confusão estava instalada. Pessoas de um lado para o outro perdidas. O Carlos e a Manuela Garcia, um casal de reformados habituados ao uso de transportes públicos, mas também baralhados com aquela que seria a paragem certa para seguirem viagem para casa, com sentido a Fetais, em Loures.

Os mais descontentes já falam numa possível manifestação e caso esta avance têm intenção de ir defender que “isto assim é que não pode ser”.

Para Helena Reis, uma senhora também reformada, a desorganização que está a acontecer é unicamente por falta de informação. Enquanto espera pelo 2764, em direção a Bucelas, afirma um pouco exaltada que “sem informação as coisas não funcionam” e exemplifica com as placas identificativas das carreiras.

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Utentes à espera em paragem de autocarro no Marquês de Pombal (foto: DR/AWAY)

“Olhe para ali (para a placa) e diga-me porquê que quero saber que estou em Campo Grande” - refere ainda a utente. Esta informação é referida por baixo do número respetivo ao autocarro.

"Quero saber para onde vai esta carreira e não sei, esse é o problema. Porquê? Porque não há informação” - conclui Helena Reis.

Há quem se desloque até aos motoristas para saber informações, mas os próprios também se mostram confusos. Para o condutor Fernando Augusto estes primeiros dias estão a correr muito mal e “as pessoas não estão nada satisfeitas”.

Paragem de autocarro em Oeiras (foto: Direitos reservados/AWAY)

Numa análise às várias opiniões, utilizamos a expressão deixada pela utente Sofia Almeida que refletia sobre a falta de informação dos novos serviços: “Para eles (Carris Metropolitana) quem quiser que se governe com o que há”.

Este comentário pode ser considerado como uma síntese da maior parte dos comentários desabafados pelos passageiros abordados.

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