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Clientes Tesla entram em greve de fome para chamar a atenção de Elon Musk

Grupo de noruegueses opta por protesto radical depois dos seus automóveis registarem um elevado número de avarias

Umamini greve de fome. Foi desta forma, no mínimo bizarra, que um grupo de noruegueses, proprietários “insatisfeitos” de automóveis elétricos Tesla, decidiu chamar a atenção do presidente executivo da marca Elon Musk. Dizem estar a “sofrer de um elevado número de avarias nos seus carros e de um frustrante serviço pós-venda por parte da Tesla”.

AWAY falou em exclusivo com Erlend Mørch, 27 anos, guionista de profissão e um dos líderes do movimento “Tesla Hunger Strike” que representa mais de 20 consumidores independentes, proprietários de 17 automóveis de diferentes modelos da marca de veículos elétricos, que nos explicou o porquê desta iniciativa.

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“Esta é uma iniciativa privada para chamar a atenção de Elon Musk para os seus clientes noruegueses, que atualmente se debatem com inúmeras falhas nos seus carros”, afirmou Mørch.

O movimento tem até um website próprio, onde garante que “a Noruega é de longe o país número um da Tesla em todo o mundo”, por ter “o maior número de Teslas per capita a nível mundial”. Contudo, acrescentam, “muitos dos clientes não estão satisfeitos”.

O mesmo website enumera uma longa lista de problemas com que o grupo de clientes se debate. São exatamente 29 as suas queixas, que vão desde as aparentemente menos gravosas, como o aparecimento de bolhas nos bancos, a outras mais críticas, como existência de ferrugem em unidades novas (especialmente no Model 3); perda de potência; dificuldade em ligar o carro; portas que abrem sozinhas ou sistemas que reiniciam por si próprios.

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Elon Musk numa conferência sobre energia na Noruega (Foto: Carina Johansen/ AP)

Os integrantes do movimento “Tesla Hunger Strike” afirmam que “nem todos os problemas são resolvidos quando o carro é reparado” e que “a Tesla promete contactá-los, mas não chegam e ter notícias da marca”. Aproveitando a visita de Elon Musk ao seu país no início desta semana, onde participou numa conferência sobre energia, o grupo tentou abordar o multimilionário americano sobre o tema da greve de fome, mas sem sucesso.

No vídeo que Erlend Mørch enviou à Away, vê-se o jovem a perguntar a Musk se queria fazer algum comentário sobre a greve de fome, ao que o empresário respondeu, enquanto continuava a caminhar, “fome quê?”, dando a entender que desconhecia o movimento de clientes descontentes.

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Questionado sobre se a greve de fome foi real ou se era apenas uma espécie de slogan radical, Mørch assegurou-nos que aconteceu de facto, embora por um período de apenas 24 horas. “Esperemos que isto chame a atenção de Musk”, sublinhou o norueguês.

Quanto a possíveis novas formas de protesto, Mørch esclareceu que o objetivo imediato é tentar “obter uma reação de Elon Musk” sobre as ações já tomadas. “Acreditamos que, se ele tomar consciência disto, irá analisar pessoalmente estas questões e começar a prestar atenção aos seus clientes noruegueses. Clientes que adoram o carro e que querem continuar a ser clientes Tesla, mas que estão atormentados com reparações intermináveis e, em muitos casos, com centros de apoio que não dão resposta”.

AWAY contactou a Tesla para obter uma reação, tendo a marca optado por não comentar.

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