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Desflorestação na Amazónia sobe: efeito Lula ainda não é visível

Desde 2015 que em fevereiro não se registava uma área desflorestada tão grande como neste ano. Ainda assim, há indicadores positivos

A floresta amazónica sofreu uma desflorestação de 322 km quadrados no passado mês de fevereiro, o nível mais alto registado neste mês desde 2015, ano em que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) iniciou os seus registos.

De acordo com a organização sediada no estado de São Paulo, Brasil, a área de floresta abatida em fevereiro de 2023 superou em 62% a registada no período homólogo, para além de que se situa muito acima da média de 166 km para o período.

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O novo governo de Lula da Silva prometeu pôr fim ao abate ilegal de árvores na Amazónia e ao período de desflorestação que marcou o mandato do seu predecessor, Jair Bolsonaro, mas a verdade é que ainda não é visível o resultado das suas novas políticas.

Desflorestação na Amazónia (foto: Michael Dantas/ GettyImages)

Especialistas do setor ambiental advertiram que poderia levar anos a reduzir significativamente a desflorestação, depois de Bolsonaro ter cortado financiamento e pessoal em importantes agências. Uma situação que, acreditam, pode ser explorada pelo desmatadores ilegais para aumentarem o abate ilegal de árvores.

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Avaliando os dois primeiros meses deste ano, o cenário é, ainda assim, positivo. Em janeiro o INPE registou valores de desflorestação abaixo da média, o que fez com que, no total, a desflorestação naquele período tenha ficado 22% abaixo do registado no ano passado.

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