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YouTube e Google lucram com vídeos contra alterações climáticas?

Apesar de ser contra as políticas, ainda há vídeos no YouTube contra alterações climáticas com publicidade

Apesar de muito se falar sobre as alterações climáticas, ainda há quem acredite que são um mito. Todos os dias, chegam vídeos e artigos à internet com informação falsa sobre o clima e parece que o YouTube e o Google estão a ganhar dinheiro com estes conteúdos.

O que está a acontecer, alerta um novo relatório desenvolvido pela Ação Climática Contra a Desinformação (CAAD, na sigla original) e pelo Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH, na sigla original), é que, mesmo propagando informação falsa, conteúdo contra as alterações climáticas tem publicidade associada.

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Em 2021, o Google comprometeu-se em deixar de vender publicidade para conteúdo que negue aquilo que é o consenso científicorelativamente ao clima.

Alterações climáticas estão a derreter glaciares (foto: Matt Palmer/Unsplash)

Nas próprias políticas do YouTube, aparece que não é permitido ter publicidade em vídeos que “contradigam o consenso científico oficial sobre a existência e as causas por trás das mudanças climáticas”, cita a Euronews.

Ainda assim, os investigadores que desenvolveram o relatório identificaram 200 vídeos com desinformação sobre o clima com publicidade, sendo que 100 deles tinham conteúdo que negava as alterações climáticas.

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Estes vídeos contavam com perto de 74 milhões de visualizações em meados de abril de 2023 e tinham publicidades a marcas como a Tommy Hilfiger, a Nike e a Hyundai.

Protesto contra o uso do carvão (foto: Markus Spiske/Pexels)

Apesar de o Google ter-se comprometido em não monetizar informação falsa relativa ao clima, nem sempre aplica eficazmente a política. Além disso, a CAAD e a CCDH acreditam que o YouTube tem uma definição fechada de desinformação climática e que isso pode deixar passar mais vídeos sobre o tema.

Assim, a CAAD pede às plataformas tecnológicas e mesmo aos governos para criarem legislação e políticas fortes que permitam travar a desinformação sobre as alterações climáticas.

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