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Estudo alerta para degradação dos rios no mundo

Ecossistemas ribeirinhos estão a ser influenciados pelo desenvolvimento humano e por barreiras à deslocação

Os rios do mundo estão com níveis preocupantes de degradação. O alerta é de um estudo realizado a nível mundial que analisou o estado biológico de águas doces através da monitorização de macroinvertebrados bentónicos (organismos presentes no solo aquático) e peixes.

O estudo, que foi liderado por uma investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), analisou dados recolhidos através de programas de monitorização em 45 países, entre eles China, Nepal, Nigéria, Brasil e Camboja, áreas com grandes reservas de biodiversidade de águas doces.

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Peixes (Foto: Brandon/Unsplash)

Foram identificados níveis elevados de degradação nos ecossistemas dos rios, sendo que menos de metade dos troços estudados têm boa qualidade biológica. 30% dos ambientes analisados estão severamente degradados.

A degradação dos ecossistemas dos rios é provocada maioritariamente pela má qualidade da água, pela falta de áreas protegidas e pelas alterações no uso do solo por agricultura, indústria e urbanização por parte do ser humano.

As zonas identificadas com melhor qualidade biológica tinham a particularidade de serem influenciadas pelo aumento da área florestal e a melhor qualidade da água.

Rios em estado de degradação (Foto: C. Roberts/Unsplash)

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Outro dado interessante do estudo é que as comunidades de peixes estão em piores condições do que as dos invertebrados. As barreiras às deslocações nos rios, como barragens e açudes, parecem estar na origem do problema.

Atualmente, há barreiras um pouco por todo o mundo sendo que 63% dos grandes rios já não correm livremente.

O estudo saliente a importância de se criar medidas de recuperação e estabelecer áreas protegidas de forma a tentar restabelecer a biodiversidade das águas doces e evitar o aumento de espécies invasoras.

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