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Aparelho portátil a energia solar limpa água do mar e torna-a potável

Investigadores da MIT criaram protótipo do tamanho de mala de viagem que produz 300 ml de água potável por hora

A escassez de água é um problema para a sociedade. Há já várias partes do mundo onde o acesso a água potável é escasso, e onde crianças morrem vítimas de doenças, como diarreia, disenteria, febre tifoide e salmonela, relacionadas com o consumo de água imprópria. Para piorar a situação, é nos países mais pobres, onde os recursos escasseiam, que a falta de água mais se faz sentir.

De forma a ajudar estas comunidades, uma equipa de investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu uma unidade, a ICP Water Tech – sigla em inglês para Tecnologia de água imaculada, limpa e pura – que remove sal e partículas da água salgada para que esta possa ser consumida

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Transformar água salgada em água potável não é uma coisa nova e há já tecnologia que permite filtrar o recurso de forma a que este possa ser consumido. Na verdade, grandes instalações de dessalinização já existem desde os anos 1930. Mas estas não são solução para as comunidades mais pobres e isoladas.

Durante dez anos, uma equipa de cinco investigadores do MIT focou-se em desenvolver um aparelho de dessalinização de fácil utilização. O resultado foi um protótipo do tamanho de uma mochila que consegue limpar água do mar e transformá-la em água consumível.

Neste momento, o protótipo consegue produzir 300 ml de água potável por hora

Como explica, no vídeo de apresentação do projeto (em inglês), Junghyo Yoon, um dos investigadores, o aparelho poderá ser usado onde grandes instalações não podem ser construídas e quando as pessoas precisam de acesso seguro a água.

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Assim, torna-se uma solução para que vivem em áreas isoladas ou em ilhas, para refugiados que enfrentam desastres naturais ou até militares em operações de longa duração.

No vídeo em que a unidade é apresentada, pode-se ver um dos investigadores a testar o aparelho numa praia de Boston. A água entra por um tubo, carrega-se num botão e uns minutos depois sai água potável. Para alimentar o aparelho, é utilizada uma bateria ligada a um painel solar, mas, de acordo com a AP, este não é obrigatório.

A investigação foi publicada em 2021 e aprovada este ano, o que representou um grande passo para a equipa, já que foi o culminar de uma década de investigação e produção.

O próximo passo para os investigadores é tornarem o processo mais rápido e mais eficiente energeticamente. Há também planos para tentar diminuir ainda mais o tamanho da unidade de dessalinização para tornar ainda mais fácil o seu transporte.

(Fotos: H. Achautla e N. Dumlao/Unsplash)

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