Já fez LIKE no AWAY magazine?

Joe Biden quer que metade dos veículos vendidos em 2030 nos EUA sejam elétricos

O Presidente dos EUA, Joe Biden lança metas para 2026 e 2030, com acordo dos fabricantes. Mas a medida parece gerar alguma desconfiança.

Os Estados Unidos parecem querer acompanhar os objetivos da Europa, no sentido de reduzir drasticamente a emissão de gases com efeito de estufa produzidos pelo parque automóvel circulante, agora que o presidente Joe Biden anuncia a assinatura de uma ordem executiva destinada a que metade de todos os veículos novos vendidos em 2030 sejam elétricos.

Já em maio o Presidente dos Estados Unidos da América, o republicano Joe Biden, tinha realizado um teste ao Ford F150 "protótipo" elétrico, num claro "piscar de olhos" à indústria americana mas também à sensibilização da causa elétrica (ver o vídeo abaixo do Washington Post)

PUB

PUB

As medidas agora introduzidas pelo presidente americano, com o apoio dos maiores fabricantes de automóveis dos Estados Unidos, visam também uma redução nas emissões até 2026, começando com a introdução de medidas restritivas já a partir de 2023. Os objetivos da Casa Branca passam por colocar os Estados Unidos na dianteira da produção de veículos elétricos, quando se assiste a um maior domínio nesta matéria por parte de países asiáticos, como a China ou a Coreia do Sul.

As questões surgem quando se percebe que a nova política de 50% de veículos elétricos, criada pela administração Biden, não é legalmente vinculativa, o que divide as opiniões de fabricantes, analistas e outros agentes de mercado. Enquanto que os construtores automóveis, tanto americanos como de outros países, parecem estar ao lado do presidente na introdução da ambiciosa meta (ainda que salientando a necessidade de o governo providenciar milhões de dólares em fundos para estimular o mercado), outras entidades revelam algumas preocupações.

PUB

A organização ambiental Safe Climate Transport Campaign, por exemplo, acusa a Casa Branca de não ter ido suficientemente longe, e de o compromisso dos fabricantes com uma medida não vinculativa ser pouco fiável. “As promessas voluntárias dos fabricantes automóveis fazem com que a resolução de Ano Novo para perder peso pareça um contrato juridicamente vinculativo”, ironizou Dan Becker, responsável da organização.

O facto da ordem executiva assinada por Joe Biden não ser vinculativa parece estar relacionada com a pressão exercida pelos sindicatos, em particular do United Auto Workers, defensor dos trabalhadores do setor automóvel "na preservação dos salários e benefícios que têm sido a alma e o coração da classe média americana", reforça o seu presidente Ray Curry.

Já a General Motors, a Ford e o grupo Stellantis, anunciam num comunicado conjunto o “objetivo de atingir vendas de 40 a 50% do volume anual de veículos elétricos nos Estados Unidos até 2030". Números que incluem veículos alimentados a baterias, células de combustível e híbridos plug-in com motor a gasolina.

Também os construtores Hyundai, Nissan, Toyota, BMW, Honda, VW e Volvo congratulam o governo americano na missão de “eletrificar” o mercado automóvel, embora alertem para a necessidade da tomada de medidas corajosas, no sentido de estimular a procura por parte dos consumidores.

PUB