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Conduzimos menos, mas gostamos mais do nosso carro? Estudo indica que sim

Investigação confirma a perceção generalizada de que a pandemia alterou os hábitos de condução da maioria dos automobilistas

Em que medida a pandemia de covid-19 alterou a nossa relação com os automóveis e os nossos hábitos de condução? Dois anos volvidos da primeira fase de confinamento provocado pela doença que mais afetou a população mundial nas últimas décadas, e numa altura em que se readquirem as rotinas habituais, a pergunta assume a sua pertinência.

Se em Portugal não há dados concretos sobre o tema, olhemos para o que se passa em outros mercados europeus, em concreto para o britânico, à boleia de um estudo que envolveu automobilistas daquela região do globo e que, desde logo, aponta para o facto de o “amor” pelo carro próprio ter crescido.

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Entre todos os automobilistas inquiridos, 76% garantem que estão a percorrer menos quilómetros e que conduzem com menor frequência. Em particular, no que diz respeito à condução nos trajetos casa-trabalho e trabalho-casa, a investigação revela que 25% dos condutores circulam menos de carro, muito pelo facto de continuarem a trabalhar (parcialmente) a partir de casa. No entanto, o aumento do trabalho híbrido não alterou em nada os hábitos de condução de 71% dos condutores.

Embora a maioria dos condutores circule menos de automóvel comparativamente ao período pré-pandemia, o dado verdadeiramente interessante e curioso da investigação conduzida na Grã-Bretanha é o de que um terço dos inquiridos revela que aprecia o seu automóvel mais do que nunca, em concreto 34%.

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O que explica então que o tempo passado ao volante e o apreço pelo carro próprio sigam tendências opostas? Em primeiro lugar, destacados, os fatores da liberdade e da independência. Estes foram apontados como os principais, muito acima de outros como a conveniência, a praticidade ou mesmo o desejo de manter a distância social, evitando os transportes públicos.

Menos mencionados como motivos que explicam o facto de os automobilistas inquiridos gostarem de ter um veículo particular, surgem a maior privacidade (face aos transportes públicos) e, ainda mais abaixo na tabela, a questão do estatuto que essa propriedade pode trazer.

(Fotos: divulgação e Unsplash)

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