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As questões legais, éticas e políticas da condução autónoma

Audi consultou 19 especialistas que se pronunciam sobre questões de ordem social e que projetam os desafios de uma nova forma de mobilidade

“As pessoas precisarão de tempo para estabelecer uma boa relação de confiança com a condução autónoma”, é uma das conclusões do estudo SocAIty desenvolvido pela &Audi Initiative, um projeto criado pelo construtor automóvel Audi em 2015, que visa estimular o intercâmbio interdisciplinar sobre novas tecnologias, como a inteligência artificial e a condução autónoma.

O novo estudo pretende abordar uma dimensão social da condução autónoma, através da partilha de conhecimentos especializados e de opiniões sobre questões legais, éticas e políticas.

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O documento SocAIty conta com a participação de 19 especialistas oriundos da Europa, dos Estados Unidos e da Ásia que, assim, iniciam um debate sobre a mobilidade do futuro, a partir das suas várias perspetivas, que se pretende seja contínuo.

E porque motivo é a Audi a lançar a discussão? Markus Duesmann, CEO da marca alemã, assegura que “após a mobilidade elétrica, a próxima mudança claramente mais radical é a transição para veículos mais inteligentes e, em última análise, autónomos”.

A condução autónoma é uma tecnologia chave que pode ajudar a tornar o tráfego mais seguro e a mobilidade mais confortável e inclusiva.

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O estudo aborda três pontos fundamentais. O capítulo Lei e Progresso foca-se, entre outros aspetos, nas questões atuais sobre responsabilidade a nível global, enquanto o capítulo Relações de confiança entre o ser humano e a máquina analisa a dimensão ética da condução autónoma. O separador Segurança em rede aborda os aspetos relevantes da proteção de dados e da segurança.

Uma perspetiva central do estudo é que o panorama da mobilidade em 2030 será mais diversificado e compartimentado e produzirá mais soluções de mobilidade. Além disso, a diversidade de formas de micromobilidade irá aumentar, particularmente nas cidades.

Relativamente aos países que irão liderar essa transformação, os Estados Unidos são vistos como a força motriz por detrás da tecnologia da condução autónoma, impulsionados pelo forte capital que amplia o desenvolvimento de testes em estrada.

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A China é vista como uma pioneira na penetração generalizada da tecnologia, para o qual muito contribui um elevado grau de apreciação social pelas novas tecnologias. Na opinião dos peritos, a Europa, e particularmente a Alemanha, irá destacar-se pela inovação e pela produção de alto volume.

O SocAIty projeta que, em 2030, a mobilidade será fortemente caracterizada por um novo tipo de tráfego misto, no qual veículos autónomos se cruzam com veículos conduzidos por humanos. Os utentes das estradas irão adaptar-se gradualmente e terão de aprender novas regras.

Somente as melhorias que esperamos ver no conforto, na segurança e na disponibilidade serão suficientes para justificar a aceitação e a confiança na nova tecnologia”, conclui Hiltrud Werner, membro do conselho de administração do Grupo Volkswagen responsável pela integridade e assuntos jurídicos.

Sobre os possíveis acidentes causados pela proliferação da condução autónoma, assunto a que o estudo também se dedica, os peritos concordam que o próximo passo importante consiste em definir, claramente, os fundamentos éticos com base em situações realistas e em aceitar desafios e questões reais que as empresas e os legisladores têm de enfrentar a uma escala global.

(Fotos: Audi AG)

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