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Protótipo de Pão de Forma elétrico em 1972 abriu caminho para novo ID. Buzz

Na década de 1970, a VW fez uma experiência com um furgão equipado com motor elétrico. Terá semelhanças com o novo modelo?

Talvez haja a ideia generalizada de que os veículos elétricos são uma realidade mais recente, mas a história do automóvel tem vários exemplos que provam o contrário. É o caso do Volkswagen Transporter T2 (conhecida como Pão de Forma), equipado com motor elétrico no eixo traseiro que a marca apresentou como protótipo em 1972.

Volvidos 50 anos, pode dizer-se que aquele protótipo constituiu a base do moderno VW ID. Buzz, o veículo totalmente elétrico de estilo furgão que o construtor alemão está agora a lançar no mercado. Embora haja uma afinidade de conceito e de sistema de propulsão entre a versão de 1972 e o modelo de 2022, as diferenças entre ambos são (como seria de esperar) enormes.

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Equipado com um conjunto propulsor que começou a ser projetado em 1970, o T2 elétrico tinha um peso total de 2200 kg, dos quais 880 kg eram provenientes da bateria de 21,6 kWh de capacidade. Uma vez que usava a plataforma do T2 convencional, a montagem da bateria na parte inferior da carroçaria revelou-se inviável, pelo que esta foi colocada sobre o piso de carga, onde podia ser removida se necessário.

Já o novo ID. Buzz está equipado com uma bateria de 77 kWh e 500 kg de peso. E por ser construído com a plataforma MEB da VW, criada especificamente para modelos elétricos, pode albergar os módulos da bateria no próprio chassis, abaixo do habitáculo, o que resulta num centro de gravidade mais baixo. Com esta solução, o novo modelo proporciona mais agilidade, segurança e prazer de condução, ao mesmo tempo que cria mais espaço interior.

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Também ao nível da autonomia e do sistema de carregamento, a realidade mudou muito em 50 anos. Na T2 era de apenas 85 km e quando a energia terminava não se procedia ao carregamento da bateria, como acontece hoje. Na altura inovador, o sistema da VW permitia a substituição da bateria vazia por uma totalmente carregada. O processo demorava apenas cinco minutos, o que se revelava uma vantagem face ao tempo que seria necessário para a carregar.

Para o novo ID. Buzz, a VW optou por uma bateria com capacidade máxima de carga de 170 kW em estações de carga rápida, pelo que pode ser carregada de cinco a 80 por cento em cerca de meia hora.

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Menos transformações sofreu o sistema de gestão energética, que utiliza a energia cinética gerada nas travagens para carregar a bateria. Já era uma realidade em 1972 e continua a sê-lo em 2022, embora até chegar ao ID. Buzz tenha sido aperfeiçoado.

no que diz respeito à tecnologia que encontramos no novo ID. Buzz, como o sistema de estacionamento automático ou o controlo por voz que permite solicitar o cálculo de uma rota com as necessárias paragens para carregamento, permite-nos comprovar que, de facto, a indústria automóvel evoluiu muito em 50 anos.

Quanto ao futuro, não se espera menos revolucionário.

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