Joaquim Rodrigues está de partida para o Dakar e leva ambição na bagagem. Depois do 12.º lugar em 2017, (resultado obtido após uma penalização) o motard parte para a sua segunda participação na prova com vontade de “andar com os melhores”, ainda que o objetivo seja chegar ao fim.
“Toda a gente me pergunta pelo ‘top 5’ ou o pódio. No ano passado fiz uma boa corrida, se fizer outra igual, já fico muito contente. Se calhar, o ano passado o meu lugar não era aquele, consegui ser regular, tive poucas quedas, não tive problemas na moto, só isso ajuda muito”, afirmou Rodrigues em declarações à Lusa.
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Além de “evitar quedas e problemas na moto”, a estratégia de Rodrigues passa por evitar “erros de navegação e saber gerir a corrida”.
“Acho que consigo andar com os melhores, mas no Dakar há tanta gente a andar bem, e tantas coisas que influenciam o resultado no dia-a-dia, das quatro da manhã ao fim da tarde, muitos quilómetros por dia”, sublinhou o piloto de 36 anos, ciente das dificuldades que tem pela frente.
“Psicologicamente, o Dakar é desgastante. Nunca passei por nada igual. Dormir três ou quatro horas, por vezes menos, trabalhar o resto do dia todo, durante 15 dias, é muito duro”, frisou.
Quanto a dificuldades, Rodrigues aponta a dois obstáculos em particular: as dunas do Peru e a altitude na Bolívia.
“Acho que vai ser tudo. O início vai ser duro, no calor e na duna, tanto para a máquina como para o piloto. Vai logo eliminar muita gente da classificação, mas depois a Bolívia, em altitude, e os desertos da Argentina, vão afetar-nos e vai ser difícil”, atirou.
A 40.ª edição do Rali Dakar em todo-o-terreno arranca no sábado, com partida em Lima, e termina em 20 de janeiro, em Córdoba, na Argentina.
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