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Que vai a Pirelli fazer com os 1.800 pneus inutilizados do GP da Austrália?

Cancelamento da corrida colocou os pneus logo a caminho da sua segunda vida sem passagem pela meta

Com o cancelamento do GP da Austrália de Formula 1 a poucas horas da primeira saída para a pista (para os primeiros treinos da madrugada portuguesa de sexta-feira), a Pirelli ficou em mãos com 1.800 pneus que já não poderá utilizar, pois já estavam colocados nas jantes.

Nas corridas que se realizam na Europa, os pneus montados em jante que não são utilizados podem ser transportados por via terrestre até ao próximo destino de corrida. Na Austrália, essa situação está fora de hipótese. “Acabámos de montar os pneus na sexta à tarde (madrugada em Portugal) e depois tivemos de desmontar tudo, contou Mario Isola, o diretor de competição da Pirelli, ao «Motorsport.com».

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Com os pneus montados em jante, a Pirelli não arrisca uma segunda utilização depois de desmontá-los: “Os pneumáticos que já estão montados nas jantes vão-se estragar-se.” “Quando tiramos um pneu da jante impomos-lhe muita pressão na borda e, por isso, não confiamos que encaixe novamente numa roda porque o nível de carga que recebe é imenso. E não queremos tomar qualquer risco”, explicou Isola.

A solução da Pirelli para todos estes 1.800 pneus que não foram utilizados em pista, mas que também já não podem ser usados a partir do momento em que voltaram a sair das jantes, é dar-lhes o destino habitual de uma segunda vida como combustível não poluente – como aconteceria aos que tivessem sido mesmo usados.

“Amontoamos os pneus para que entrem em poucos contentores e enviamo-los para o Reino Unido onde os reciclamos numa fabrica de cimento perto de Didcot. Queimamo-los a altas temperaturas e criamos energia, mas não contaminação”, explicou Isola acrescentando que a Pirelli continua a procurar mais maneiras de reciclar os pneus da F1.

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