É para este próximo fim de semana que o Mundial de Fórmula 1 tem o arranque marcado – o segundo arranque marcado, pois, o primeiro, ficou adiado devido à pandemia de covid-19. A F1 devia ter começado na Austrália, em março, mas a prova de Melbourne acabou por ser cancelada na véspera da primeira saída para a pista.
Agora, a F1 tem a primeira corrida da temporada de 2020 marcada para a Áustria, em Spielberg, no dia 5 – a primeira e a segunda corridas, pois, nesta época que já será inesquecível, Spielberg será um dos circuitos que já têm duas rondas agendadas.
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Pelo meio passaram quase quatro meses entre toda a incerteza e contingência motivadas pela pandemia transformando um programa inicial com passagem por 22 países num atual calendário – ainda em construção – com apenas oito etapas confirmadas. Pelo meio, sete provas foram canceladas (Austrália, Holanda, Mónaco, Azerbaijão, França, Singapura e Japão).
A Holanda ficou assim com o seu regresso ao Grande Circo adiado. O Vietname ainda não sabe se fará a estreia sendo uma nas nove provas a ficar no campo do adiamento (os outros oito GP adiado foram os do Bahrain, China, Canadá, Rússia, EUA, México, Brasil e Abu Dhabi). Portugal passou a fazer parte do cenário hipotético que, neste momento, se resume à Europa.
E é neste quadro que a F1 vai arrancar neste fim de semana, com destinos já marcados até setembro ultrapassando ‘non-stop’ o que costumava ser a habitual paragem de verão tendo deixado os carros parados praticamente todo este tempo desde o GP da Austrália que não aconteceu.
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Não quer dizer que nada se tenha passado. A atividade em pista que não existiu deu lugar a sensibilização e, em especial, a união num combate à pandemia que, como ela, se generalizou globalmente e, em concreto, também no mundo do Grande Circo. O Project Pitlane que as equipas formaram foi disso exemplo colocando a sua tecnologia de ponta ao serviço do combate à doença no apoio aos serviços de saúde e às pessoas.
Numa nova realidade imposta pela covid-19, a Fórmula 1 vai arrancar sem público nas bancadas e com uma série de medidas de controlo da pandemia tentando reduzir ao máximo eventuais contágios. Com uma política intensiva de testes regulares a todos os intervenientes, o distanciamento social que passará pelas viagens de um circuito para outro verificar-se-á até dentro de uma mesma equipa e reduzindo o paddock ao mínimo indispensável de presenças.
A primeira corrida da época será o primeiro teste aos procedimentos nesta nova realidade. Ao lado do que é preciso fazer, vive também a angústia de que tudo corra – e possa – correr bem daqui em diante. E passou também a viver, em resultado de mais uma realidade de impacto igualmente global nas últimas semanas, o combate ao racismo. Lewis Hamilton, os carros negros da Mercedes ou a iniciativa da F1 #WeRaceAsOne serão também já partes integrantes deste novo arranque.
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A juntar à singularidade desta época que começa com vários meses de atraso estão as mudanças já anunciadas nas equipas para 2021 quando 2020 ainda não saiu para a pista. Quando este campeonato ainda não começou já se sabe que Sebastian Vettel deixará a Ferrari na próxima temporada. E que Carlos Sainz Jr. irá para a Ferrari em 2021 depois de correr este ano pela McLaren. E que Daniel Ricciardo irá para a McLaren em 2021 depois de correr este ano pela Renault.
Na presente época, as estreias entre os pilotos são duas: Nicholas Latifi na Williams e o regresso de Esteban Ocon à F1 pela Renault. As equipas voltam a ser dez. O favoritismo não pode voltar a deixar de ser atribuído à hexacampeã Mercedes e ao hexacamepão Lewis Hamilton – como os já distantes testes de fevereiro em Barcelona confirmava...
A questão dos outros candidatos passa desde logo entre quem começará como desafiante mais forte: se a Red Bull, se a Ferrari. No GP da Áustria deste domingo, as apostas apontam para um duelo de topo entre Hamilton e Max Verstappen. O holandês foi o vencedor dos dois últimos anos na Red Bul Ring.
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Para além das vitórias domingo a domigo, Hamilton aponta também à grandeza e, nesta época, pode subir mais uns degraus da imortalidade na F1 com mais recordes de Michael Schumacher ao seu alcance. O campeão do mundo britânico está a apenas quatro pódios do recorde de 151 conseguidos pelo alemão. Com apenas oito corridas ainda programas, as 91 vitórias de Schumi ganham uma percentagem maior de dificuldade para atingor – Hamilton tem 84 triunfos. Os sete títulos mundiais... é o que se verá no final desta +época de 2020.
Equipas e pilotos:
Mercedes: Lewis Hamilton e Valteri Bottas
Ferrari: Charles Leclerc e Sebastian Vettel
Red Bull: Max Verstappen e Alexander Albon
McLaren: Carlos Sainz Jr e Lando Norris
Renault: Daniel Ricciardo e Esteban Ocon
Alpha Tauri: Pierre Gasly e Daniil Kvyat
Racing Point: Sergio Pérez e Lance Stroll
Alfa Romeo: Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi
Haas: Kevin Magnussen e Romain Grosjean
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Williams: George Russell e Nicholas Latifi
Calendário já conhecido:
5 de julho – GP da Áustria (Red Bull Ring)
12 de julho – GP da Estíria (Red Bul Ring)
19 de julho – GP da Hungria (Hungaroring)
2 de agosto – GP da Grã.Bretanha (Silverstone)
9 de agosto – GP dos 70 Anos de F1 (Silverstone)
16 de agosto – GP de Espanha (Barcelona-Catalunha)
30 de agosto – GP da Bélgica (Spa-Francorchamps)
6 de setembro – GP de Itália (Monza)
Horários do GP da Áustria:
SEXTA-FEIRA:
10h00 Treinos Livres 1
14h00 Treinos Livres 2
SÁBADO
11h00 Treinos Livres 3
14h00 Qualificação
DOMINGO
14h10 Corrida
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