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Hungria pode impedir acordo de embargo ao petróleo russo na União Europeia

Sem unanimidade na UE o embargo ao petróleo russo não irá fazer parte de novo pacote de sanções à Rússia

No âmbito da discussão de um sexto pacote de sanções à Rússia, com a possível aprovação de um embargo à venda de combustíveis e energia (petróleo e gás) e face à oposição manifestada pela Hungria, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen afirmou hoje que é “pouco expectável” que se reúna um consenso sobre embargo ao petróleo russo na próxima cimeira da União Europeia.

Estas declarações surgiram poucas horas depois do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, ter enviado uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, onde fazia uma recomendação para que a questão do embargo ao petróleo russo não fosse sequer discutida.

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O voto da Hungria é necessário porque só com unanimidade é que seria possível incluir o embargo ao petróleo russo no documento de sanções a aprovar.

A questão da Hungria é facilmente explicada pelo facto de ser um país onde a alternativa aos produtos petrolíferos e gás russo são mais complicadas já que não tem acesso ao mar. Por outro lado, o acesso a energias renováveis não é algo que o país possa fazer no imediato, face à necessidade de conversão de toda a cadeia de produção e abastecimento.

É nesse sentido que a CE “ofereceu-se” para investir 2 mil milhões de euros em infraestruturas em países (como a Hungria) de forma a ultrapassar as dificuldades criadas pela falta de alternativas ao petróleo e gás russo, mas, sem acordo final a posição do país magiar deverá ser de oposição à discussão do embargo.

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