As cidades de Londres e Paris têm projetos em marcha para a plantação massiva de árvores como forma de mitigar as alterações climáticas, providenciar um clima mais fresco para os cidadãos e prevenir possíveis catástrofes naturais.
Com o mês de julho a revelar-se um dos mais quentes de sempre em ambas as capitais europeias, os respetivos municípios anunciaram que vão alocar uma verba dos seus orçamentos para a plantação de uma quantidade significativa de árvores, com vista à criação de uma espécie de ilhas de frescura.
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Em Londres esta questão já não é propriamente nova – desde 2016, mais de 430 mil árvores foram plantadas, a par de dois grandes parques, o que deu à cidade mais 85 hectares de novos espaços verdes. Já em Paris, aplica-se a expressão popular, casa roubada trancas à porta.
Os habitantes da capital francesa e todos os milhares de pessoas que diariamente nela circulam têm sentido na pele, literalmente, os efeitos das temperaturas elevadas. A cidade está particularmente exposta aos efeitos nefastos do calor excessivo, muito devido à falta de árvores e, por consequência, à falta de sombra.
Segundo dados do World Cities Culture Forum, partilhados pela agência Reuters, apenas 10% da área de Paris é constituída por espaços verdes, como parques e jardins. Em Londres a percentagem sobe para 33%.
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Ainda assim, o presidente da câmara da capital inglesa, Sadiq Khan, anunciou um projeto de 3,7 milhões de euros para a plantação mais de árvores, como forma de tornar a cidade mais resiliente face às alterações climáticas.
O objetivo é dotar Londres de mais elementos verdes que possam absorver o calor – em substituição de superfícies duras que o libertam – contribuindo assim para diminuir a temperatura geral.
Paris segue a mesma tendência. O município anunciou um plano para a plantação de 170 mil árvores até 2026, com o objetivo de aumentar consideravelmente as zonas de sombra e assim tornar a cidade mais fresca.
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