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Presidente da Câmara de Coimbra desafia Governo a criar “gasóleo público”

Proposta surge no âmbito do aumento do custo dos combustíveis e visa apoiar os transportes públicos coletivos

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, desafiou ontem, dia 21 de março, o Governo a criar “o mais rapidamente possível” um “gasóleo público” para fazer face ao aumento dos custos com combustíveis por parte dos transportes públicos coletivos.

“O Governo tem de ir mais longe. Por isso mesmo, propomos a criação, o mais rapidamente possível, de um chamado ‘gasóleo público’, para os transportes públicos, e de um ‘gasóleo social’, para fazer face ao enorme aumento dos custos com combustíveis dos transportes públicos, das IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e dos bombeiros”, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, durante o período antes da ordem do dia da reunião do executivo.

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José Manuel Silva, Presidente CM Coimbra (Foto: Paulo Novais/Lusa)

O aumento dos custos da energia, “numa primeira análise”, será de seis milhões de euros para a Câmara de Coimbra e para os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), referiu em conferência de imprensa José Manuel Silva.

O autarca salientou que para se melhorar e ampliar os SMTUC “a redução dos preços dos combustíveis é absolutamente vital” e ainda que “este é também o momento” de se instar “as pessoas para se deslocarem mais de transportes públicos, com um duplo efeito benéfico”.

CM Coimbra (Foto: Captura)

Também a vereadora com o pelouro dos transportes, Ana Bastos, realçou os “problemas orçamentais sérios” dos SMTUC face à sua dependência de combustíveis fósseis e considerou que o aumento de custos já ultrapassará os dois milhões de euros nos transportes urbanos, mas que poderão “facilmente atingir os seis milhões se esta escalada de preços se mantiver”.

A vereadora e também presidente do conselho de administração dos SMTUC realçou que o problema é ainda mais grave quando os níveis de procura dos transportes públicos são “cerca de metade dos registados em 2019”.

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