Já fez LIKE no AWAY magazine?

Nova fábrica de biocombustíveis vai nascer na Península Ibérica

Repsol vai investir €200 milhões na nova unidade de Cartagena, de onde sairão 250 mil toneladas de biocombustíveis por ano

A Repsol prepara-se para dar início à remodelação da sua unidade de Cartagena, na região de Múrcia, sudeste de Espanha, para a transformar numa das mais avançadas fábrica de biocombustíveis da Europa.

O projeto da Repsol implica um investimento total de 200 milhões de euros e permitirá à petrolífera atingir uma produção anual de 250 mil toneladas de biocombustíveis avançados, tais como biodiesel, biojet (que já é produzido em Puertollano e Tarragona), bionafta e biopropano, que podem ser usados em aviões, camiões e até mesmo em automóveis.

PUB

Estes combustíveis podem reduzir as emissões de CO2 entre 65 a 85%, face ao combustível tradicional, refere a empresa em comunicado de imprensa.

Esta nova geração de biocombustíveis tem a particularidade de ser produzida a partir de diferentes tipos de resíduos da indústria agroalimentar e outros, como por exemplo óleos alimentares usados.

Unidade de produção Repsol (Foto: M. Fernandez/AP)

A Repsol estima que, graças aos biocombustíveis que passará a produzir na nova unidade, vai conseguir uma redução de 900 mil toneladas de CO2 por ano, um valor que permite perseguir a meta da neutralidade carbónica até 2050.

O projeto da nova unidade, que entrará em funcionamento no primeiro semestre de 2023, está inserido no processo de transformação que a petrolífera espanhola está a implementar nos seus complexos industriais, que visa a descarbonização dos processos de fabrico de produtos essenciais. A meta da empresa passa por reduzir a pegada de carbono para níveis mínimos, ou mesmo eliminá-la por completo.

O complexo de Cartagena tem sido alvo de constantes transformações (a Repsol investiu na unidade cerca de €456 milhões em 10 anos) para poder a breve prazo transformar-se num hub multi-energético capaz de produzir vários tipos de combustíveis, com zero emissões de CO2 ou baixo índice de emissões. Captura de CO2, para transformação em energia e produção de hidrogénio verde poderão estar na calha.

(Foto abertura: Repsol)

PUB