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Óxido nitroso: depois dos carros tuning agora regressa como "gás para rir"

Parece que está de volta as botijas "mágicas" de NOS, mas uma vez mais para os fins errados

Em 2001 uma geração de fãs automóveis despertou para o óxido nitroso (NOS) através do icónico filme de carros “Velocidade Furiosa”. Nessa altura prometia milagres nos motores, mas nem tudo correu bem. Agora, o problema regressa e parece que o NOS novamente está a ser usado de forma errada.

O óxido nitroso é de facto um gás que é utilizado em alguma indústria automóvel, mas a sua utilização mais frequente é em situação hospitalar, onde tem aplicação como analgésico e não deve ser utilizado fora desse contexto.

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Na indústria automóvel a sua aplicação é essencialmente recreativa e não existe qualquer autorização de utilização na via pública como o fenómeno do tuning no início do milénio fazia crer. O “nitro” como foi batizado permitia quase de forma mágica dar potência extra aos motores e o carro ganhava velocidade instantânea.

NOS na bagageira de um carro (foto: Pexels)

Simplificando o conceito, na verdade, o que o NOS faz é aumentar de forma exponencial o oxigénio que entra nos cilindros o que, de forma simplista, provoca uma explosão de energia adicional que "assegura" assim uma resposta imediata e "mais potente" do motor. Em teoria...

Óxido nitroso em festas de rua

O grande problema do óxido nitroso atualmente parece já não estar na má utilização fora do contexto recreativo automóvel, mas sim, numa nova e perigosa atividade, que já envolve distribuição e venda de forma e para fins ilegais.

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Conforme um documento hoje publicado pelo Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (EMCDDA, na sigla em inglês) o problema parece estar na crescente utilização do óxido nitroso como droga alucinogénia, estando-se a verificar situações em que o consumo do mesmo está a provocar intoxicações, entre outras complicações.

Botijas para encher balões (foto: Mike Kemp/Getty Images)

Refere o relatório que o “gás hilariante” como também é conhecido, está a começar a ser vendido na rua para festas e atividades onde a sua utilização coloca a saúde em risco. Em Portugal parece ser ainda em pequena quantidade, mas está a ser alvo de alerta pelas autoridades.

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O problema é que uma pequena botija (de até 8 gramas) é relativamente simples de adquirir, até em algumas superfícies comerciais para, por exemplo, encher balões para festas. Daí a ser utilizado para “fazer rir” é um pequeno passo e esse pode vir a ser um problema para a saúde dos utilizadores.

E o maior problema é que começa a ser muito frequente encontrar anúncios de internet onde esse produto é anunciado (e até em botijas de 15 Kg) como… uma vez mais… milagroso.

Em setembro deste ano, o "gás hilariante" passou a integrar a lista de substâncias psicoativas proibidas, sendo proibida a distribuição e venda deste produto.

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