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Petroleiros sem fiscalização aumentam risco de desastre ambiental

Navios velhos e com pouca manutenção a transportar crude de países sob sanções são cada vez mais

Há centenas de navios a transportar petróleode países atingidos por sanções ocidentais que não cumprem as normas de segurança internacionais, o que aumenta gravemente as probabilidades de desastres ambientais.

Uma pesquisa realizada pela agência Reuters descobriu que há cada vez mais petroleiros a efetuar comércio paralelo nos últimos anos, como resultado do aumento das exportações de petróleo iranianas e das restrições impostas à venda de energia da Rússia durante a guerra na Ucrânia.

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Petroleiro no porto russo de Prigorodnoye (foto: Associated Press)

Consultados diferentes intervenientes da indústria, desde empresas que transacionam bens a companhias de transporte marítimo, seguradoras e reguladores, o sentimento geral é de que os riscos de acidentes no mar estão a aumentar de forma significativa, tendo em conta que estes “navios fantasma”, como lhes chamam, são mais velhos e mal conservados.

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A investigação permitiu constatar que muitas empresas de certificação e fabricantes de motores que aprovam a navegabilidade e a segurança, assim como várias seguradoras, deixaram de prestar serviços aos navios que transportam petróleo do Irão, da Rússia e da Venezuela, o que significa que há menos supervisão.

Petroleiro no porto russo de Novorossisk (foto: Associated Press)

Só em 2022 houve pelo menos oito encalhamentos, colisões ou acidentes eminentes a envolver petroleiros que transportavam crude ou produtos petrolíferos de países alvo de sanções, como os identificados ao largo da China, Cuba e Espanha, de acordo com a análise baseada em informações de localização de navios e dados da Lloyd's List Intelligence.

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Embora nenhum dos oito incidentes ocorridos no ano passado tenha causado quaisquer feridos ou poluição significativa, são o suficiente para deixar a indústria alarmada, até porque foram no mesmo número dos três anos anteriores combinados.

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Segundo as empresas do setor consultadas, aos produtores de petróleo atingidos pelas sanções não resta escolha senão utilizar navios menos controlados para manter as suas exportações a fluir. Aquelas estimam que a frota a nível global deste tipo de navios se situe entre 400 a 600.

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