Desde o início do ano já apareceram pelo menos uma dezena de baleias mortas na costa atlântica junto a Nova York e New Jersey e alguns ambientalistas locais estão a culpar os projetos de energia eólica offshore (em alto mar).
Ainda no passado domingo, 19 de fevereiro, podia ler-se “salvem as baleias, parem os parques eólicos” em alguns cartazes numa manifestação que pretendeu chamar a atenção para o número anormal de baleias mortas a dar à costa. A discussão está lançada.
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Mas haverá algum fundo de verdade nesta acusação? Estarão os parques de turbinas eólicas offshore de algum modo a afetar a vida marinha?
De um lado está a acusação de associações como a Clean Ocean Action, do outro especialistas ouvidos pela EuroNews, como é o exemplo da NOAA Fisheriesque afirmam que provavelmente não há qualquer relação!
É verdade que o número de parques de produção de energia eólica em alto mar tem vindo a ser multiplicados desde a eleição do presidente Joe Biden em 2020, mas a relação com as ocorrências marinhas parece muito pouco provável.
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Mas também é verdade que as noticias mais especulativas foram aparentemente difundidas em especial pelo canal Fox, o que poderá explicar porque razão se ataca esta forma de energia renovável, já que é sabida a inclinação da estação para o lado do anterior presidente Donald Trump.
No entanto as dúvidas do que realmente está a acontecer às baleias levanta várias questões.
A resposta mais racional surge da associação mais insuspeita. É a própria Greenpeace (que clama pela proteção das baleias há várias décadas) que diz não existirem evidências científicas que associem a morte das baleias à presença de parques eólicos em alto mar.
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Esta associação deixa no ar outras hipóteses: das 178 mortes de baleias investigadas nos últimos quatro anos, cerca de 40 por cento mostraram evidências de morte por influência ou contacto com barcos e redes de pesca.
Não há até à data registos de outras mortes de baleias em qualquer outro lado onde existam parques com turbinas eólicas.
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