Sustentabilidade

Aquecimento global faz com que nasçam mais tartarugas fêmeas do que machos

Temperatura da areia impacta o género com que as tartarugas nascem e ondas de calor faz com que quase não nasçam machos
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Tartarugas marinhas (Foto: H. Juanda/AP)
Tartarugas marinhas (Foto: H. Juanda/AP)

As tartarugas marinhas que estão a nascer na Flórida, nos Estados Unidos, e na Austrália, são praticamente todas fêmeas e parece que a principal causa é o aquecimento global. Os cientistas que estão a acompanhar o fenómeno estão preocupados com a espécie.

Ao contrário do que acontece com grande parte das espécies, no caso das tartarugas marinhas e dos jacarés, o que define o sexo é a temperatura da areia onde o ovo é incubado e não a fertilização.

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), para que nasça uma tartaruga macho, o ovo tem de ser incubado a uma temperatura inferior a 27,7 ºC. Para que seja fêmea, a temperatura tem de ser superior a 31 ºC.

Por isso, nos últimos anos têm-se verificado um aumento substancial no nascimento de tartarugas do sexo feminino.

Na Flórida, nos últimos quatro anos, viveram-se os verões mais quentes desde que há registo. Como consequência, os cientistas não encontraram uma tartaruga marinha bebé do sexo masculino entre os novos nascimentos.

Na Austrália, um estudo mostrou que 99% dos novos nascimentos da espécie são de fêmeas, comprovando que o problema não está circunscrito à Flórida.

De acordo com a Reuters, que cita uma cuidadora de tartarugas marinha do Zoo de Miami, este fenómeno irá impactar a diversidade genética da espécie e irá contribuir para uma diminuição substancial na população

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