Sustentabilidade

Nova Iorque poderá obrigar indústria da moda a divulgar impacto ambiental e social

Proposta de lei obriga marcas a apresentar políticas para diminuir impacto ambiental e social e propõe criação de fundo para apoiar justiça ambiental
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Nova Iorque com proposta de lei de sustentabilidade para marcas
Nova Iorque com proposta de lei de sustentabilidade para marcas

Nova Iorque pode ser o primeiro Estado nos Estados Unidos a ter uma lei que obriga marcas de moda a divulgar o seu impacto ambiental para poder vender localmente. A indústria da moda é conhecida por ser extremamente poluente, sendo que as Nações Unidas referem que é responsável por 10% das emissões de gases de efeito estufa a nível mundial. A proposta de lei surge de forma a se conseguir controlar este impacto.

A Fashion Sustainability and Social Accountability Act (em português, Lei de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da Moda), como foi batizada, foi encaminhada para um comité legislativo no início de 2022. 

A proposta refere que empresas do mundo da moda com uma receita anual superior a 100 milhões de dólares – cerca de 88 milhões de euros – têm de apresentar dados sobre o seu impacto ambiental e social, assim como todas as medidas e políticas que têm para mitigar este impacto.

De acordo com a Bloomberg, a proposta de lei propõe que as empresas do mundo da moda controlem pelo menos metade dos seus fornecedores e que identifiquem não só emissões, mas também o uso de água e de químicos na produção e na cadeia de fornecimento, criando medidas para se reduzir emissões e consumo energético em todo o processo.

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Caso a proposta de lei seja aprovada, as empresas teriam de divulgar quantidades e tipos de materiais – incluindo reciclados - que os seus fornecedores produzem anualmente.

As companhias teriam também de referir quais os ordenados pagos dentro da cadeia de fornecimento e produção e como é que estes se comparam ao ordenado mínimo e ao ordenado mínimo para se viver localmente.

A proposta de lei refere ainda que as empresas que não cumpram terão de pagar uma multa de até 2% do seu lucro anual. O valor pago iria para um fundo de apoio a organizações e projetos de justiça ambiental.

(Fotos: F. Stohr, R. Lecatompessy e F.L. Nguyen/Unsplash)

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