Um grupo de investigadores sul-coreanos anunciaram, no final do verão passado, um método para produzir combustíveis amigos do ambiente utilizando insetos como as comuns moscas caseiras.
Este estudo, publicado pelo EER (Centro de Pesquisa de Engenharia Ambiental), e, citado pela Yonhap News Agency, foi realizado no âmbito das iniciativas que o país asiático está a desenvolver no sentido de alcançar a neutralidade carbónica em 2050.
Os resultados desta investigação foram publicados pela K-Petro (Autoridade Coreana para a Pesquisa e Distribuição de Combustíveis) que revelou em comunicado:
“As moscas guerreiras pretas (ndr. conhecidas em Portugal como 'mosca doméstica') possuem um forte potencial para serem utilizadas na produção de biodiesel. Isto porque elas alimentam-se de restos de comida e possuem uma elevada concentração de gordura”.
O método de transformação que está a ser estudado parte da utilização de sobras de gordura das moscas para produzir ração animal, que é então convertida na nova fonte de energia por meio de um processo de purificação.
Para perceber o impacto que esta medida poderia ter, os responsáveis pelo estudo dão o exemplo do próprio país que gasta cerca de 600 milhões de euros para tratar mais de 5,5 milhões de toneladas de lixo orgânico no país.
A partir do momento em que fosse possível ter moscas em quantidade suficiente para a produção da matéria prima os cientistas estimam que seria possível poupar cerca de 70 por cento dos atuais recursos vegetais utilizados na produção de biodiesel.