A tecnologia veio facilitar o dia a dia de praticamente toda a gente. Mas a proliferação de material eletrónico e o fácil acesso a este tem uma (grande) desvantagem: a quantidade de lixo eletrónico que é gerada. Na Nigéria, uma empresa conseguiu transformar um problema numa fonte essencial para criar uma lanterna a energia solar.
Dozie Igweilo criou a Quadloop com o objetivo de desenvolver produtos que pudessem ser feitos localmente e que facilitassem a vida das comunidades da região.
Com uma rede energética pouco fiável, a falta de eletricidade e luz no país afeta muita gente. Para quem tem mais posses, a solução passa por geradores. Mas para quem não tem, os combustíveis fósseis ganham destaque e os candeeiros de querosene ainda são usados.
A ideia do candeeiro a energia solar surgiu para colmatar esta necessidade das pessoas. No entanto, havia um entrave para o desenvolvimento do produto. Não havia componentes no país que permitissem produzir a lanterna localmente e a um preço relativamente baixo.
Assim surgiu a hipótese de utilizar o lixo eletrónico. Ao aproveitar elementos daquilo que já é lixo, dando-lhe uma segunda vida, era possível não só baixar o custo de produção como também disponibilizar um produto mais barato. Além disso, os produtos criados seriam mais sustentáveis.
A lanterna a energia solar IDunnu foi o primeiro produto que lançaram e usa baterias de lítio recicladas retiradas de antigos computadores portáteis. O pequeno candeeiro é alimentado graças a um pequeno painel solar. Além de dar luz, a IDunnu também tem uma porta USB que permite carregar o telemóvel.
O objetivo da Quadloop é conseguir que 70% do material que usam venha de lixo eletrónico.
Em declarações à Reuters, Dozie Igweilo explicou que as lanternas têm sido usadas por pequenos negócios já que permite que os funcionários continuem a trabalhar mesmo quando há problemas na rede de energia.