Numa altura em que a Cimeira do Clima COP27 está a decorrer no Egipto, vários retalhistas, incluindo a H&M, a Kering, detentora da Gucci, Balenciaga e Yves Saint Laurent, e a Inditex, a marca mãe por trás da Zara, Pull&Bear, Bershka e Stradivarius, decidiram que vão comprar fibras alternativas com baixas emissões de carbono para as suas roupas e embalagens.
O compromisso feito por um total de 33 entidades, entre elas marcas de vestuário, empresas de impressão e produtores, tem como objetivo reduzir as emissões globais do mundo da moda, um setor responsável por 10% das emissões de gases de efeito estufa, de acordo com o World Bank.
O acordo feito entre os retalhistas prevê a aquisição de 550 mil toneladas de fibras alternativas, provenientes de restos de têxtil e de resíduos agrícolas, que possam substituir fibras florestais, que obrigam ao corte de árvores para a sua produção.
Por cada tonelada de roupa produzida com têxteis alternativos, será possível evitar cerca de quatro a 15 toneladas de emissões de carbono por tonelada de produto, explica a Organização Não-Governamental Canopy, citada pela Reuters.
Para tornar a aquisição de fibras alternativas viável, o acordo ajudará a financiar fábricas que produzam este tipo de material.
Para a H&M, este acordo é um passo importante para reduzirem as suas emissões em 56% até 2030 e atingirem a neutralidade carbónica em 2040.
A Inditex também procura ser mais sustentável, tendo como objetivo usar apenas fibras celulósicas sustentáveis até 2023.