As alterações climáticas afetam o mundo inteiro e obrigam a que haja uma consciencialização sobre a problemática. Sempre houve várias vozes que se elevaram para alertar para a importância da ação e os mais jovens parecem estar realmente preocupados com aquele que poderá ser o desfecho do planeta.
Este ano, celebra-se o Ano Europeu da Juventude e um estudo da Comissão Europeia sobre a perceção dos europeus em relação às mudanças climáticas apresenta dados que traduzem a consciência dos mais novos e mostram que são a faixa etária mais atenta aos problemas climáticos.
Cerca de 96% dos europeus com idades entre os 15 e os 24 anos olham para as alterações climáticas como um problema sério que necessita de resposta e 22% acredita mesmo que este é o problema mais grave que o planeta enfrenta de momento, ficando à frente de doenças infeciosas, terrorismo ou fome e falta de água potável. Ainda assim, quando se fala em ação, os números descem substancialmente.
Segundo esse mesmo estudo, apenas 64% dos jovens fez algo para preservar o planeta nos últimos seis meses.
Sabendo que é preciso agir e percebendo que há ainda quem não saiba por onde começar, alguns jovens portugueses decidiram tornar-se embaixadores do Pacto Climático Europeu, um movimento que faz parte do Pacto Ecológico Europeu e que tem ajudado a União Europeia a atingir os objetivos de descarbonização.
Desta forma, juntam-se a outros jovens europeus liderando e dando apoio à transição para uma sociedade mais sustentável. O papel é inclusivamente reconhecido pela Comissão Europeia.
Lígia Gomes é uma dessas jovens. Acredita que a mudança global será resultado de pequenas ações e criou um website com informações sobre comportamentos verdes, consumo consciente e economia circular em Portugal. Por achar que as empresas têm de estar na vanguarda da ação, opta por dar visibilidade aos negócios que criam opções mais sustentáveis para os seus consumidores.
Outro jovem que se juntou à causa e procura a mudança é Nuno Gaspar, um estudante focado em desenvolver projetos ligados à sustentabilidade nas escolas. Juntou-se ao Pacto Climático porque quer ajudar a informar as futuras gerações sobre a importância de agir e quais serão os desafios climáticos que se avizinham.
Há mais vozes portugueses a juntarem-se ao movimento, claro. Todas elas concordam que o Pacto Climático Europeu é uma grande ajuda para todos os que querem fazer a sua parte na ação climática. Quem quiser, pode comprometer-se com o pacto e, com a ajuda da associação Count Us In, descobrir que passos pode dar para reduzir a sua pegada ecológica.
(Fotos: Pexels e Unsplash)