O coco é um fruto que pode ser utilizado de variadíssimas formas e do qual se pode aproveitar tudo. Uma das suas utilizações talvez mais originais é na proteção de zonas costeiras, para combater a erosão.
Um pouco por todo o mundo a fibra de coco resultante da sua casca está a ser implementada em projetos de proteção da costa, na maioria das vezes em conjunto com outros materiais igualmente orgânicos.
Mais abundante em países em desenvolvimento, mas também muito usada em nações economicamente mais fortes, a fibra de coco é vista como uma opção rentável, amplamente disponível e sustentável.
Nos países mais ricos tem sido popular enquanto elemento integrante das chamadas "linhas de costa vivas" – utilizam elementos naturais em vez de barreiras de aço ou betão. É o caso no projeto que o grupo de conservação costeira American Littoral Society está a levar a cabo na zona Nova Jersey, Estados Unidos, fustigada pela tempestade Sandy, em 2012.
O objetivo do projeto passa por reduzir a energia das ondas enquanto protege a linha de costa, pelo que para a equipa envolvida no projeto, a fibra de coco, fiada em esteiras ou troncos, muitas vezes mantidos em conjunto com redes, tem-se revelado uma excelente opção.
A flexibilidade da fibra de coco permite que seja moldada e contornada conforme necessário em áreas irregulares da linha de costa, sendo mantida no lugar através de estacas de madeira.
Para além de Nova Jérsia, surgem exemplos de sucesso na utilização da fibra de coco de outros pontos dos EUA (Boston, de East Providence, Cape Cod, etc.), mas também de outras regiões do globo, como da Indonésia, o maior produtor mundial do fruto, com mais de 17 milhões de toneladas registadas em 2021.
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Apesar da sua elevada resistência, a fibra de coco não é, contudo, indestrutível, pelo que há também casos onde a sua aplicação na proteção da costa se revelou pouco eficaz. Na ilha de Martha's Vineyard, por exemplo, foi utilizada para ajudar a reduzir a erosão num pântano salgado, mas o material não durou muito devido à forte ação das ondas.