Sustentabilidade

António Costa na COP27: transição energética é moralmente imperativa

Primeiro-ministro referiu na COP27 aposta portuguesa em energias renováveis e salientou que hidrogénio verde é o futuro
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António Costa na COP27 (Foto: Khaled Elfiqi/EPA)
António Costa na COP27 (Foto: Khaled Elfiqi/EPA)

António Costa já discursou na Cimeira do Clima das Nações Unidas COP27 e aproveitou para salientar que a transição energética é, atualmente, imperativa moralmente e que não pode nem deve ser travada por causa da guerra na Ucrânia. Referiu também que acredita que o hidrogénio verde e outros gases renováveis são o futuro da energia.

No seu discurso na sessão plenária da COP27, que decorre em Sharm el-Sheikh, no Egipto, o primeiro-ministro português disse que acredita que “a transição energética justa pode ser sinónimo de crescimento e prosperidade económica. Mas é acima de tudo um imperativo moral: como líderes [políticos] devemo-la às nossas populações, ao resto do mundo e às gerações futuras”, cita a Lusa.

Cimeira do Clima COP27 - AWAY
COP27 no Egipto (Foto: T. Hartwell/ AP)

Dando como exemplo Portugal, António Costa lembrou que o país aposta há mais de 15 anos nas energias renováveis, sendo que cerca de 60% da eletricidade consumida é de origem sustentável. Até 2026, espera que se atinja a meta de 80%.

“Estamos também convictos de que o hidrogénio verde e outros gases renováveis são energias para o futuro. E alcançámos há poucos dias um acordo com a França e a Espanha para a criação de um corredor verde para servir o Centro da Europa”, referiu ainda.

António Costa defendeu que Portugal tem “metas ambiciosas”, mas que tem conseguido cumpri-las e até antecipá-las, dando o exemplo das centrais a carvão que foram fechadas dois anos antes do planeado e que não serão reativadas.

Energia solar - AWAY
Energia solar (Foto: Pixabay)

O primeiro-ministro português aproveitou também para lembrar que não é altura para se recuar nos compromissos ambientais e que a Cimeira do Clima deste ano deverá ajudar a alcançar uma visão clara para se controlar as alterações climáticas.

Portugal vai organizar conferência internacional sobre incêndios em 2023

Foi também na COP27 que António Costa anunciou que Portugal irá organizar a 8.ª Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais já no próximo ano.

Lembrando que os incêndios florestais nem sempre são uma realidade abordada na cimeira, o primeiro-ministro salientou que são responsáveis por muitas emissões, além de interferirem com a capacidade que as florestas têm de sequestrar os gases poluentes.

Incêndios em Portugal - AWAY
Incêndios em Portugal (Foto: A. Franca/AP)

De acordo com o líder do executivo português, 6% das emissões mundiais resultam de incêndios de causa humana, percentagem que pode subir aos 20% em anos mais críticos. Assim, acredita ser essencial apostar em políticas e processos de prevenção e extinção de incêndios.

António Costa aproveitou para convidar todos os países que marcam presença na COP27 para participarem no evento.

A COP27 está a decorrer no Egipto até dia 18 de novembro e conta com a presença de representantes de vários países do mundo que irão discutir as alterações climáticas e renovar ou alinhas estratégias para travar o aquecimento global

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