Sustentabilidade

2022 bate recorde como ano mais quente em Portugal continental desde 1931

A nível mundial, o ano passado foi o quinto mais quente desde 1959, ano em que se iniciaram os registos
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Desde 1931 que Portugal continental não registava um ano tão quente. De acordo com o boletim anual do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), 2022 bateu todos os recordes, tendo sido registadas seis ondas de calor – uma em maio, quatro no verão e outra durante o outono.

A média da temperatura máxima do ar foi de 22,32˚C, mais 1,82˚C que o valor habitual, enquanto a média da temperatura mínima foi cerca de 11°C, 0,94˚C acima do habitual e considerada a quarta mais alta nos últimos 91 anos.

No ano de 2022, 80% do território de continental português foi classificado como “em seca severa extrema”.

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Ondas de calor afetaram a população em todo o país (Foto: Nuno Veiga/ Lusa)

O boletim anual do IPMA revela também que a temperatura mais baixa do ano – -7,5˚C – foi registada no distrito de Bragança, em Mirandela, no dia 30 de janeiro de 2022, enquanto a temperatura mais alta – 47˚C – foi assinalada no Pinhão, na região do Douro, a 14 de julho.

Foram registados cinco episódios de chuva intensa e persistente – uma vez em setembro e quatro vezes em dezembro – o que resultou em cheias e inundações em várias localidades de Portugal. Nos últimos quatro meses de 2022 ocorreu 70% do total de precipitação anual.

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Praias foram o refúgio de muitos portugueses no último versão (Foto: Armando França/ AP)

A nível global, 2022 aparece no quinto lugar do ranking de anos mais quentes, desde que há registo (1959). Na liderança está o ano de 2016, seguido de 2020, 2019 e 2017, por esta ordem. Os dados são do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas, do programa Copernicus, da responsabilidade da União Europeia.

Na Europa, 2022 foi declarado como o segundo ano mais quente, depois de 2020. De notar que não são apenas os verões que estão mais quentes. Os dados mais recentes indicam que também os invernos registam temperaturas mais altas em toda a Europa e de forma mais intensa, o que resulta no aumento global das temperaturas.

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