Segundo um relatório recente do Cobalt Institute, o cobalto continua a ser um dos metais com maior procura no planeta, principalmente devido às suas características magnéticas, que o tornam num dos mais desejados para um grande número de finalidades. No entanto, este é também um dos metais associado à produção de baterias destinadas a dispositivos eletrónicos portáteis, mas também às baterias de lítio usadas em automóveis elétricos.
Devido a este ponto, principalmente, a sua procura tem vindo a aumentar consideravelmente, com um valor de crescimento a rondar os dez pontos percentuais a cada ano, desde 2013 até 2020, sendo já o responsável por cerca de 57 por cento da produção global. Além da sua utilização em baterias, o cobalto é também procurado com o objetivo de formar outras ligas à base de níquel (13%) e na produção de ferramentas (8%).
O maior produtor a nível mundial continua a ser a República Democrática do Congo, representando cerca de 66 por cento da produção a nível mundial. É seguido da Rússia, da Austrália e das Filipinas, mas com uma produção total muito inferior da que é efetuada na RDC. O maior consumidor, no entanto, continua a ser a China, para onde é encaminhada cerca de 32 por cento da produção global deste material.
Para o futuro, as perspetivas de crescimento do mercado do cobalto são de extremo otimismo. Afinal, tudo indica que a produção de baterias destinadas a automóveis elétricos vai continuar a aumentar de dia para dia, mas as indústrias que estiveram paradas ou com uma produção muito inferior devido à pandemia de Covid-19, também devem estar quase num ponto de retoma, o que vai contribuir para uma nova procura de materiais de produção.
Neste ponto, a reciclagem também pode ser uma área bastante importante e que não deve ser desconsiderada, uma vez que a maior produção de baterias para automóveis elétricos, também vai fazer com que, dentro de alguns anos, passem a existir mais baterias em final de vida e de onde poderá ser extraída e reciclada uma boa dose de cobalto.