As alterações climáticas são um fenómeno que tem vindo a dominar a atualidade mundial e há sinais de agravamento para 2023. Um estudo da International Rescue Committee (IRC) concluiu que a sua ocorrência vai contribuir para o aceleramento de crises humanitárias e económicas e para o aumento de conflitos armados.
A organização não governamental avança que o número de pessoas com necessidades de caráter humanitário aumentou na última década para 339,2 milhões. Em 2014, em comparação, apenas 81 milhões de pessoas se encontravam nessa situação.
O estudo "Emergency Watchlist 2023", efetuado pela IRC, refere que da lista de 20 países que se encontram em emergência humanitária, o Haiti e o Afeganistão contribuem com apenas 2% das emissões globais de CO2.
Somália e Etiópia também estão em destaque devido às chuvas, pois estas bateram recordes na sua periodicidade, o que provocou uma situação de insegurança alimentar de proporções catastróficas nestes países. No Paquistão, o mesmo problema já matou milhares de pessoas.
Para a IRC cenários como estes têm de ser evitados a todo o custo, pelo que a organização sugere que se trabalhe na prevenção e no investimento para abrandar as alterações climáticas.
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O relatório indica que as comunidades mais afetadas a nível global não estão a conseguir ter acesso aos serviços de que necessitam para sobreviver ou reconstruir as suas vidas. O documento destaca ainda que o número de pessoas que são obrigadas a fugir das suas casas aumentou para mais de 100 milhões, enquanto em 2014 rondava os 60 milhões.
(Foto: Flickr e Unsplash)