Numa altura em que 95% do território nacional encontra-se em seca extrema ou severa, o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, alerta para a importância de se apostar na eficiência e na poupança de água.
No final de uma reunião da Subcomissão Regional da Zona Centro da Comissão de Gestão de Albufeiras, promovida pela APA em Coimbra, Pimenta Machado sublinhou que é essencial apostar em métodos alternativos para usos não potáveis de água.
“Devemos apostar na reutilização de águas das ETAR [estações de tratamento de águas residuais] para usos não potáveis. Não faz sentido nenhum usarmos a água que bebemos para lavar o caixote do lixo ou para regar um jardim público: devemos apostar nas origens alternativas”, frisou.
O vice-presidente da APA disse aos jornalistas que foi feito um apelo aos municípios para promoverem campanhas de poupança de água e optarem por usar água das ETAR para a rega de jardins, lavagem de ruas e equipamentos.
Apesar das chuvas que caíram nas últimas semanas, não foi possível recuperar totalmente os níveis nas albufeiras e a humidade nos solos, especialmente a sul do Tejo, explicou Pimenta Machado, acrescentando que foi suspensa a possibilidade de captações subterrâneas de água.
Em relação às albufeiras, referiu que a prioridade é salvaguardar água para consumo humano, especialmente no caso das barragens da Aguieira, Raiva e Fronhas.
“Queremos guardar água em todos os sistemas para garantir dois anos de água para consumo humano, esse é o nosso compromisso, é esse o uso prioritário, não pode faltar água às populações. Este é o uso prioritário e todas as medidas que tomámos são para dar essa segurança, em todas as regiões”, concluiu.
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