A camada de ozono está a recuperar e, ainda que o processo seja lento, o buraco sobre a Antártica poderá desaparecer em pouco mais de quatro décadas. A (boa) notícia surgiu num novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que divulga informação sobre uma avaliação feita de quatro em quatro anos.
Esta evolução na camada de ozono – que se encontra a 30 km da terra e absorve entre 97% e 99% da radiação do sol – é o resultado de um caminho que se começou a trilhar há 35 anos.
Em 1987, assinou-se o Protocolo de Montreal numa tentativa de se reduzir o número de químicos prejudiciais na atmosfera, presentes em aerossóis, ares condicionados, produtos de limpeza industrial, entre outros. Agora praticamente já não existem.
Já há quatro anos, quando o último relatório foi apresentado, era possível ver a recuperação na camada do ozono. E se na altura os sinais eram ténues, agora são bastante mais óbvios.
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O maior buraco na camada de ozono está na Antártida. Este é afetado não só pelos químicos, mas também pelos próprios padrões de clima, e por isso espera-se que fique totalmente recuperado apenas em 2066.
Noutras parte do mundo, o processo será mais rápido. O relatório refere que a camada vai atingir os níveis de 1980 – altura em que ainda não tinha começado a tornar-se mais fina – em 2045, no Ártico. No resto do mundo, poderá ser em 2040.
Esta melhoria poderá ajudar a evitar dois milhões de novos casos de cancro da pele anualmente, referiu o diretor do Programa Ambiental da ONU à AP.