Sustentabilidade

Aumento da temperatura limitado a 1,5 °C reduz riscos para a humanidade

Ao considerar diferentes níveis de aumento até 2100, estudo de universidade britânica reforça metas do Acordo de Paris
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A proteção climática necessita de ação imediata
A proteção climática necessita de ação imediata

Um vírgula cinco é o número a ter em conta quando o tema é limitar o aquecimento global. Ou seja, 1,5 graus celsius, foi a temperatura alvo traçada pelo Acordo de Paris, assinado por 195 países em dezembro de 2015, e é também agora apontada por um estudo com a que representaria menos riscos para a humanidade.

A investigação levada a cabo pela Universidade de East Anglia, no Reino Unido, indica que limitar o aumento do aquecimento global a 1,5 °C acima dos valores pré-industriais reduziria os riscos para os seres humanos em até 85%.

Os vários cenários efetuados consideraram três valores de aumento da temperatura – 3,66 °C, 2 °C e 1,5 °C – através dos quais foram analisados os benefícios de limitar o aquecimento global nas regiões mais vulneráveis às alterações climáticas, com particular incidência em fenómenos como a falta de água, o stress térmico, as doenças transmitidas por novos vetores, as inundações costeiras e fluviais e os efeitos sobre a agricultura e a economia.

Certos de que um aumento da temperatura média de 1,5 °C até 2100 é o que representa o melhor cenário, os investigadores concluíram que os riscos para o ser humano sobem conforme sobe o aquecimento global.

De acordo com a investigação publicada na revista Climatic Change, os riscos de um aquecimento de 3,66 °C serão reduzidos entre 26% e 74% se o aumento da temperatura não ultrapassar os 2 °C. Já se o aquecimento global for limitado a 1,5 °C os riscos terão uma redução entre 32% e 85%.

África Ocidental, Índia e América do Norte foram identificadas como as regiões onde o aumento das temperaturas em 1,5 °C ou 2 °C, causadas pelas alterações climáticas, trará maiores ameaças à vida humana. A título de exemplo, a equipa de investigadores referiu que com mais 1,5 °C, a exposição global a doenças fatais como a malária e o dengue seria reduzida em 10% face a um aumento de 2 °C.

(Fotos: Unsplash)

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