Os níveis de desflorestação na Amazónia brasileira têm causado alguma preocupação, com recordes a serem batidos constantemente. Em outubro deste ano, a área desflorestada atingiu 904 quilómetros quadrados, 3% mais do que no ano passado e um recorde para o mês.
os dados foram recolhidos pelo Instituo Nacional de Investigação Espacial (INPE) através do sistema de observação por satélite DETER, utilizado desde 2015.
Apesar de 2022 ainda não ter acabado, já se sabe que é o pior ano desta série estatística de desflorestação na Amazónia.
Em dez meses, 9494 quilómetros quadrados de vegetação desapareceram, uma área superior ao recorde de 9178 quilómetros quadrados de todo o ano de 2021.
De acordo com a organização não-governamental WWF Brasil, o desmatamento e os incêndios tiveram um aumento considerável depois dos resultados das eleições presidenciais de 31 de outubro que deram a vitória a Lula da Silva e ditaram a saída de Jair Bolsonaro da presidência do Brasil.
Sob a atual presidência, a desflorestação média anual aumentou 75% em comparação com a década anterior. Lula da Silva, que se prepara para o seu terceiro mandato, já se comprometeu pela desflorestação zero.